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Candidíase de repetição: como prevenir?

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Mulher dentro do banheiro com as mãos no pé da barriga e figura ilustrativa de útero.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

10 março, 2023

Por:

Evitar automedicação com antifúngicos e uso recorrente de  antibióticos é fundamental para evitar a candidíase de repetição

Estima-se que pelo menos 75% das mulheres terão, ao longo da vida, pelo menos um caso de infecção vulvovaginal por cândida, a candidíase. Dentre elas, 5% devem apresentar quatro ou mais episódios a cada 12 meses, o que é caracterizado como candidíase de repetição. Caso seja o seu caso saiba que existem formas de prevenir a candidíase de repetição e evitar episódios recorrentes que atrapalham tanto a vida da mulher.

O que é a candidíase?

A candidíase é um quadro infeccioso causado por fungos do gênero Candida, principalmente a espécie Candida albicans. Embora os quadros vulvovaginais sejam os mais frequentes, esse microrganismo também pode se proliferar no trato gastrintestinal superior – o esôfago e cavidade oral-, principalmente em pacientes imunossuprimidos.

Apesar de a candidíase ser a segunda vulvovaginite mais frequente (atrás apenas da vaginose bacteriana), ela não representa gravidade para as pacientes, mas em casos de candidíase de repetição é preciso buscar o motivo para a recorrência das infecções e evitar novos quadros com os tratamentos disponíveis. Uma vez que, a candidíase de repetição causa uma série de desconfortos para pacientes, e os episódios frequentes acabam por minar a autoestima e qualidade de vida das mulheres.

O que pode causar a candidíase de repetição?

Os fatores de risco associados à candidíase são, principalmente:

  • Gestação;
  • Diabetes mal controlada;
  • Imunossupressão;
  • Terapia estrogênica na menopausa
  • Uso indiscriminado de antibióticos;
  • Contraceptivos orais;
  • Uso de corticoides regularmente;
  • Fatores genéticos;

Porém, quando o assunto é candidíase de repetição, o fator de risco mais importante é a automedicação e o tratamento incorreto, que causam alterações na microbiota vaginal e permitem selecionar os fungos mais resistentes do meio, que continuam se proliferando.

Além disso, como nem sempre a infecção ocorre pela espécie Candida albicans, os medicamentos adquiridos livremente na farmácia, sem prescrição médica, podem não ter eficácia completa contra o quadro. Por isso, o tratamento mais eficiente é aquele instruído pelo médico ginecologista.

Sintomas da candidíase de repetição

Os sintomas da candidíase de repetição são os de uma vulvovaginite que se repete por, pelo menos, três vezes em um mesmo ano. Os sinais e sintomas notados e relatados pela paciente não são muito específicos, mas ajudam a guiar o diagnóstico e iniciar um tratamento empírico enquanto se aguarda os resultados laboratoriais.

Os principais deles são:

  • Ardência, irritação e coceira na região da vulva;
  • Dor na parte externa da vagina ao urinar;
  • Dor na penetração durante a relação sexual;
  • Secreção vaginal espessa e esbranquiçada;
  • Paredes vaginais e vulva avermelhada;

Na vigência de qualquer um desses sintomas, um médico ginecologista deve ser consultado para fazer uma avaliação com exame físico e solicitar cultura de secreção vaginal para cândida só com antifungigrama. Esse exame irá indicar qual fungo causou a infecção assim como se há resistência ao anti-fúngico a ser prescrito, e assim indicar o tratamento  mais adequado para quadro agudo.

É importante ressaltar a diferença de um episódio não tratado adequadamente de um episódio novo de infecção de candidíase. Uma vez que é muito frequente as pacientes acharem que tem infecção de repetição mas na realidade apresenta infecção por uma cândida resistente aos anti-fungicos habituais e por isso, ao tomarem a medicação tem uma melhora de curta duração e logo voltam a apresentar sintomas, achando que se trata de um quadro novo mas na realidade é o mesmo episódio sem tratamento adequado.

Como prevenir a candidíase?

A candidíase pode ser prevenida com:

– hábitos saudáveis cotidianos;

– saúde intestinal adequada (ideal é evacuar todos os dias);

– evitar comer muitos alimentos com alto índice glicêmico;

– dormir sem calcinha;

– realizar atividade física regularmente;

– se tiver diabetes, realizar controle glicêmico adequado;

– realizar profilaxia para evitar novas infecções.

Além disso, segundo a literatura médica, a principal causa da candidíase de repetição é o erro diagnóstico e de tratamento. Muitas vezes, a própria paciente faz seu próprio diagnóstico e trata com base em quadros anteriores semelhantes, o que é altamente contraindicado, pois o uso do medicamento indevido pode selecionar microrganismos e aumentar a proliferação de espécies mistas.

Por esse motivo, toda alteração de secreção e sintomas vulvovaginais devem ser investigados por um ginecologista, que também tem a capacidade técnica de identificar a possibilidade de o paciente ter qualquer condição imunossupressora e proceder com as condutas e encaminhamentos adequados, se necessário. Ou seja, a consulta ginecológica é a principal forma de prevenir a candidíase de repetição.

Os casos de candidíase de repetição devem receber um tratamento mais direcionado e otimizado do que os casos esporádicos. Nas pacientes com quadros recorrentes, o tratamento medicamentoso inclui o que chamamos de profilaxia, que trata-se de medicações para evitar um novo episódio de candidíase. Para isso podemos adotar algumas alternativas que incluem:

– tratamentos que melhoram a imunidade própria da paciente;

– tratamentos homeopáticos;

– lactobacilos vaginais;

– uso de antifúngicos com um período de “ataque” supressor utilizando altas doses de antifúngico oral ou tópico para alcançar a remissão, seguido do tratamento de manutenção que pode se estender por seis a doze meses.

Cuidados durante o tratamento

Para garantir a eficiência e eficácia do tratamento contra a candidíase de repetição, é importante seguir as recomendações médicas de doses e administração correta dos medicamentos, além de informar o ginecologista sobre outros medicamentos em uso a fim de evitar reações cruzadas. Com relação ao parceiro sexual, ele só deve ser tratado se também apresentar sintomas, mas preservativos devem ser utilizados em todas as relações.

Para saber mais, entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Cuidado integral
à saúde da mulher

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