Hipertensão, diabetes e hiperêmese gravídica estão entre as complicações mais comuns na gravidez
Geralmente, a gestação ocorre de forma tranquila, sem grandes preocupações. No entanto, existem fatores de risco gestacionais que podem comprometer sua evolução, afetando tanto a saúde da mãe quanto a do bebê. Esses fatores podem surgir devido a condições preexistentes, complicações durante a gestação ou outras situações imprevistas. A seguir, conheça as complicações comuns na gravidez, como evitá-las e o que significa uma gravidez de alto risco.
O que é a gestação e como fica o sistema imunológico da mulher?
A gestação é o período no qual o embrião ou feto se desenvolve no útero materno, com duração aproximada de 40 semanas, contadas a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual. Durante esse tempo, o corpo feminino passa por uma série de mudanças fisiológicas e hormonais para sustentar o crescimento e desenvolvimento do bebê. Com isso, o sistema imunológico da gestante é modulado para garantir que o organismo não rejeite o feto.
Embora esse ajuste no sistema imunológico seja fundamental, ele pode gerar complicações comuns na gravidez. A imunossupressão parcial que ocorre nesse período reduz a capacidade de resposta da mulher a algumas infecções, tornando-a mais vulnerável a doenças. Essas alterações podem contribuir para o surgimento de condições que afetam tanto a saúde da mãe quanto do bebê, o que torna essencial o acompanhamento médico regular.
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Complicações mais comuns na gravidez
Sentir enjoos, azia e inchaço são desconfortos naturais que ocorrem durante o processo de adaptação do corpo às alterações hormonais da gravidez — esses sintomas não oferecem riscos à saúde. No entanto, existem complicações comuns na gravidez que demandam atenção e acompanhamento médico adequado. Entre elas, estão:
Cistite
A infecção do trato urinário é uma das complicações comuns na gravidez mais frequentes, pois as alterações no corpo da mulher nesse período criam condições que favorecem o crescimento de bactérias no sistema urinário. Além disso, a diminuição da imunidade da gestante aumenta o risco de que uma infecção urinária evolua para problemas mais graves, como infecções renais ou até sepse. Caso a gestante apresente infeções urinárias de repetição, é importante procurar ajuda de uma uroginecologista.
Candidíase
A candidíase é uma infecção causada por um fungo chamado Candida, que normalmente vive de forma equilibrada no corpo humano. Durante a gravidez, mudanças hormonais e um sistema imunológico enfraquecido podem favorecer o crescimento excessivo desse fungo, resultando em infecção. A condição é mais comum na área vaginal e pode causar sintomas como coceira intensa e corrimento branco e espesso, além de desconforto ao urinar ou durante a relação sexual.
Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é uma complicação caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteína na urina, geralmente após a vigésima semana da gravidez. A causa não é completamente compreendida, mas está relacionada a problemas na formação dos vasos sanguíneos da placenta. Se não for tratada, pode evoluir para condições graves, como eclâmpsia, que causa convulsões, e síndrome HELLP, que afeta o fígado e as plaquetas sanguíneas, ambas podendo ser fatais.
Diabetes gestacional
A diabetes gestacional é uma das complicações comuns na gravidez em que a mulher desenvolve níveis elevados de glicose no sangue, geralmente após a vigésima oitava semana de gravidez, desaparecendo depois do parto. Os riscos para a mãe são de hipertensão, pré-eclâmpsia, infecções e parto prematuro. No bebê, pode provocar o crescimento excessivo, nível baixo de glicose no sangue ao nascer e morte fetal.
Hiperêmese gravídica
A hiperêmese gravídica também faz parte das complicações comuns na gravidez, condição marcada por náuseas e vômitos excessivos durante a gestação. Embora os enjoos sejam comuns nesse período, na hiperêmese, as náuseas são tão intensas que provocam desidratação e perda de peso significativa. Além disso, ela pode levar a desequilíbrios eletrolíticos e deficiências nutricionais, o que pode afetar tanto a saúde da mãe quanto do bebê.
O que fazer para evitar complicações na gravidez?
Para evitar complicações comuns na gravidez, é importante adotar hábitos e cuidados que promovam o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê, incluindo:
- Realizar acompanhamento médico regular com as consultas de pré-natal, que permitem identificar problemas precocemente;
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Praticar exercícios físicos;
- Controlar o peso adequadamente;
- Não consumir álcool, tabaco e drogas durante a gravidez;
- Manter a hidratação adequada para o bom funcionamento dos rins, intestinos e sistema circulatório;
- Descansar adequadamente;
- Evitar o estresse;
- Controlar diabetes, hipertensão e doenças autoimunes;
- Evitar exposição a infecções;
- Tomar as vacinas recomendadas.
Quando a gravidez é considerada de alto risco?
A gravidez é considerada de alto risco quando há fatores que aumentam a probabilidade de complicações que podem afetar a saúde da mãe, do bebê ou de ambos. Esses fatores podem estar relacionados a condições preexistentes na saúde da mulher ou a complicações que surgem durante a gestação. A gestação de alto risco requer acompanhamento especializado para minimizar os riscos potenciais.
Entre os principais fatores de risco para as complicações comuns na gravidez, destacam-se doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, condições de peso inadequado, como casos de obesidade ou de baixo peso, histórico de complicações em gestações anteriores, e a idade materna, tanto para gestantes com menos de 17 anos quanto para mulheres acima de 35 anos.
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Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)