DIU previne a gravidez alterando o ambiente uterino, o que dificulta a fertilização do óvulo
O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método contraceptivo altamente eficaz, reversível e de longa duração, disponível em versões hormonal e sem hormônio. Cada vez mais popular, ele se destaca pela sua alta taxa de sucesso, praticidade e pela possibilidade de remoção a qualquer momento. Para tomar uma decisão informada, é fundamental saber como o DIU funciona, os diferentes tipos disponíveis, sua eficácia e contraindicações.
O que é o DIU e quais são os tipos?
O DIU, sigla para dispositivo intrauterino, é um método anticoncepcional em forma de T, flexível e feito de plástico, projetado para ser inserido no útero através da vagina por uma profissional de saúde. Após a inserção, ele pode permanecer no útero por vários anos, proporcionando uma contracepção contínua. Os tipos de dispositivos disponíveis atualmente são não hormonais (o de cobre, de prata, que combina prata e cobre), e os hormonais.
A escolha do dispositivo intrauterino deve ser personalizada, levando em consideração as necessidades e preferências individuais da mulher, em conjunto com a orientação médica. Cada tipo de dispositivo apresenta características distintas, tanto em seu funcionamento quanto em sua validade. O DIU de cobre é eficaz por até 10 anos a partir da inserção, enquanto o de prata e os hormonais têm validade de 5 anos.
Faça uma avaliação ginecológica e veja se o DIU é indicado para você!
Como o DIU funciona?
Os dispositivos hormonais liberam um hormônio sintético semelhante à progesterona diretamente no útero. Como resultado, ele provoca o afinamento do endométrio, dificultando a fecundação de um óvulo, assim como espessa o muco cervical, o que torna mais difícil o ambiente para a sobrevivência dos espermatozoides. Em menos de 20% das mulheres, o DIU hormonal também pode inibir a ovulação, evitando a liberação do óvulo pelos ovários.
Os DIUs de cobre não contêm hormônios, mas o cobre tem um efeito espermicida, tornando o ambiente hostil para os espermatozoides. Dessa forma, o cobre dificulta a movimentação dos espermatozoides e afeta o muco cervical, tornando-o menos favorável à fertilização.
Quando incorporada ao revestimento do DIU de cobre, a prata oferece uma proteção extra para evitar a corrosão do cobre quando em contato com ambiente intrauterino.
Processo de inserção do DIU
A inserção do DIU é um procedimento simples e seguro, realizado por uma profissional de saúde qualificada. Antes de sua realização, é fundamental uma avaliação detalhada da história clínica da paciente, bem como um exame físico, para garantir a segurança e o sucesso do processo. Em algumas situações, pode ser necessário realizar uma leve dilatação do colo do útero a fim de facilitar a colocação do dispositivo.
Usando um aplicador específico, a profissional insere o DIU no útero de forma cuidadosa. Ainda que seja um procedimento rápido, pode existir algum grau de desconforto. Após a inserção, a médica verifica se o dispositivo intrauterino está na posição correta, geralmente por meio de ultrassonografia ou exame pélvico. Nesse processo, a paciente recebe informações sobre cuidados, possíveis efeitos colaterais e sinais de complicações, como dor intensa ou febre.
A Dra. Priscila Matsuoka realiza esse procedimento em seu consultório com preparo pré-anestésico e anestesia local. Em casos específicos, a inserção do DIU também pode ser realizado em ambiente de centro cirúrgico com sedação.
Eficácia do DIU
O dispositivo intrauterino é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com uma taxa de sucesso superior a 99%. A eficácia do DIU é comparável a de métodos permanentes de contracepção, como a laqueadura, e também é superior a opções como pílulas anticoncepcionais, preservativos ou métodos naturais de controle de fertilidade, já que funciona de maneira contínua e sem a necessidade de ações diárias ou a dependência de uso correto a cada relação sexual.
Embora o DIU seja altamente eficaz na prevenção da gravidez, é importante lembrar que ele não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Além disso, é essencial realizar consultas periódicas com uma profissional de saúde para verificar se o DIU está corretamente posicionado e para confirmar se ele ainda está dentro do prazo de validade, garantindo, assim, sua eficácia contínua.
Indicações do dispositivo intrauterino
O DIU é um método contraceptivo versátil, adequado para adolescentes, mulheres que não podem usar métodos hormonais combinados devido a contraindicações médicas, bem como para aquelas que ainda não tiveram filhos, ou para as que já tiveram e desejam evitar uma nova gravidez. Junto à médica, a paciente decide o modelo que atende às necessidades individuais, já que cada um é indicado em contextos diferentes.
O dispositivo intrauterino também pode ser indicado em situações que não estão diretamente relacionadas à prevenção da gravidez. O DIU hormonal, por exemplo, é frequentemente recomendado para mulheres que desejam reduzir o fluxo menstrual e aliviar cólicas intensas. Em muitos casos, ele pode cessar a menstruação e, para aquelas que continuam menstruando, o fluxo geralmente é reduzido, proporcionando alívio significativo.
Complicações do DIU
O DIU é um método contraceptivo seguro e eficaz, mas está associado a algumas complicações, como qualquer procedimento médico. Apesar de serem incomuns e raros, é importante estar ciente dos sinais para procurar ajuda médica. Entre os principais riscos, estão:
- Perfuração uterina;
- Expulsão do DIU nos primeiros meses após a inserção;
- Sangramentos irregulares durante os primeiros meses;
- Infecções uterinas, especialmente nas primeiras semanas após a inserção;
- Reação alérgica ao material do DIU, resultando em dor abdominal, inchaço ou erupções cutâneas.
Contraindicações do dispositivo intrauterino
O uso do DIU não é recomendado em algumas situações específicas devido a riscos de complicações ou ineficácia. Algumas das principais contraindicações são:
- Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez;
- Mulheres com suspeita de câncer uterino ou cervical;
- Alergias a componentes do DIU, como o cobre ou o hormônio levonorgestrel;
- Mulheres com alterações anatômicas do útero, como malformações ou distorções da cavidade uterina;
- Doença inflamatória pélvica ativa;
- Doença de Wilson, uma condição genética que afeta o metabolismo do cobre (apenas no caso do DIU de cobre);
- Sangramentos uterinos anormais sem uma causa definida;
- Período compreendido entre 48 horas e 1 mês pós-parto;
- Imunodepressão grave pelo HIV;
- Trombocitopenia severa e outros distúrbios graves da coagulação (apenas no caso do DIU de cobre).
Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka para agendar sua consulta!
Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)