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O que é endometrioma?

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Mulher mostrando objeto ilustrativo de um útero.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

20 julho, 2023

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Embora sejam benignos, os endometriomas podem causar desconforto e afetar até a fertilidade feminina

O endometrioma é um cisto que se forma em um ou nos dois ovários a partir da proliferação de tecido endometrial, que originalmente reveste a cavidade interna uterina. Este tecido, ao chegar aos ovários, começa a crescer até formar um cisto, geralmente benigno, que contém um fluido espesso e marrom (“cisto de chocolate”). Geralmente, quando o endometrioma é diagnosticado, ele já está densamente aderido às estruturas circundantes, como as trompas uterinas, o útero, o intestino e o peritônio, podendo afetar a fertilidade da mulher. O endometrioma de ovário é um marcador de endometriose profunda, ou seja, quando há presença de endometrioma de ovário significa que há probabilidade de ter endometriose profunda em outro local na pelve.

Endometrioma e sua relação com a endometriose

Uma das condições ginecológicas mais frequentes entre a população feminina é a endometriose, que afeta de 5% a 15% das mulheres no período reprodutivo e consiste justamente na proliferação de tecido endometrial em locais fora do útero, podendo afetar órgãos da pelve e, mais raramente, órgãos abdominais. Assim, pode-se dizer que o endometrioma é um cisto formado a partir de um foco de endometriose que se estabelece no ovário.

Quais os sintomas do endometrioma?

Em alguns casos, os endometriomas podem ser assintomáticos, mas a depender do tamanho ou localização do cisto, ele pode causar sintomas, como:

  • Dor pélvica crônica, que se intensifica próximo e durante o ciclo menstrual;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Cólicas menstruais;
  • Dor ao defecar, especialmente durante o período menstrual;
  • Infertilidade ou dificuldade para engravidar;
  • Inchaço ou desconforto abdominal.

Porém, é importante lembrar que esses sintomas podem ser causados por outras condições pélvicas além do endometrioma, e por isso é fundamental consultar uma médica ginecologista, que a partir de uma anamnese completa e exame físico, é capaz de direcionar o diagnóstico.

Como é realizado o diagnóstico?

A partir das características dos sintomas apresentados pela paciente é possível aventar a hipótese diagnóstica de um endometrioma, mas a confirmação é dada a partir de exames de imagem, que também permitem confirmar se não há sinais de malignidade no cisto.

O método mais utilizado e considerado de primeira linha para diagnosticar o endometrioma é o ultrassom transvaginal, que permite uma boa visualização dos ovários e órgãos pélvicos. Achados ultrassonográficos que falam a favor dessa condição são as massas císticas, que contêm material espesso com aspecto típico de “cistos de chocolate”, pois o líquido espesso de dentro do cisto apresenta cor marrom. Porém, em alguns casos, pode haver necessidade de repetir o exame em outro momento do ciclo menstrual ou realizar uma ressonância magnética para tentar melhor visualização do cisto.

A ressonância magnética é utilizada, portanto, quando há dúvidas no diagnóstico ultrassonográfico, avaliar lesões de endometriose associadas em outros locais e para auxiliar no planejamento pré-operatório quando essa abordagem é necessária.

Quais são as opções de tratamento?

O tratamento para endometrioma varia de acordo com a gravidade dos sintomas e o tamanho do cisto, sendo que o especialista e a paciente podem optar ou por vigilância ativa ou pela remoção cirúrgica.

Tratamento conservador

Nos casos em que não há sinais suspeitas de malignidade, cistos menores que 5 cm, a paciente não apresenta sintomas e não deseja gestar, pode-se optar por uma conduta conservadora, que consiste em realizar exames periódicos de 6 em 6 meses por 1 a 2 anos para acompanhar o crescimento do cisto e ficar atenta aos sinais de alarme.

Optamos por mudar a conduta de tratamento conservador para cirúrgicos quando:

  • Cistos crescem progressivamente com grande velocidade;
  • Cistos ficam com mais de 5 cm;
  • Sintomas não melhoram com tratamento hormonal e analgésicos simples;
  • Características dos cistos modificam com suspeita de malignidade.

Tratamento cirúrgico

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os cistos com mais de 5 cm e aqueles cujos sintomas que não melhoram com tratamento conservador devem ser removidos cirurgicamente. Para isso, sempre que possível, deve-se optar pela cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia ou cirurgia robótica.

Nesse tipo de tratamento, o cirurgião ginecológico pode optar tanto por remover toda a cápsula do endometrioma ou fazer a ooforectomia (retirada completa do ovário, apenas nos casos em que há suspeita de malignidade, ou seja, suspeita de câncer). A recomendação é que se dê preferência pela primeira opção, que garante melhora da dor, menor chance de recidiva e maior chance de gestar. Sempre na avaliação pré-operatória deve-se considerar, também, a reserva ovariana da paciente.

Como os endometriomas afetam a fertilidade feminina?

De acordo com o local em que se estabelecem e com o tamanho que atingem, os endometriomas podem afetar a fertilidade feminina de diferentes formas, tais como:

Danos nos ovários

A presença de um endometrioma pode causar danos físicos ao ovário, principalmente se for volumoso, formando cicatrizes e aderências que afetam a capacidade de locomoção e encontro dos óvulos e dos espermatozoides.

Alterações hormonais

O endometrioma tem sido associado a menores níveis de hormônio anti-Mülleriano, que atua na maturação e liberação dos folículos ovarianos, e que é considerado, também, um importante marcador de fertilidade e reserva ovariana.

Disfunção tubária

Assim como o endometrioma pode danificar os ovários, ele também pode afetar as trompas uterinas e aumentar o risco de gravidez ectópica, que representa risco à saúde da mulher.

Portanto, obter o diagnóstico correto e fazer um tratamento adequado é fundamental para mulheres com endometrioma.

Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.

 

Fonte:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Cuidado integral
à saúde da mulher

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