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Útero septado: quais as causas e como tratar?

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Imagem ilustrando um útero normal e outro septado
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A condição é causada por falhas no desenvolvimento embrionário e pode exigir acompanhamento regular ou tratamento cirúrgico

As malformações uterinas são anomalias congênitas raras que afetam o sistema reprodutivo feminino. Durante o desenvolvimento embrionário, o útero é formado a partir de duas estruturas chamadas ductos de Müller. Em um desenvolvimento normal, esses ductos se fundem e parte da parede entre eles é reabsorvida, originando o útero. Porém, quando ocorrem falhas nesse processo, surgem diferentes tipos de alterações anatômicas, sendo o útero septado o mais comum.

O que é útero septado?

O útero septado é uma malformação congênita em que uma membrana divide parcial ou totalmente a cavidade uterina. Isso ocorre quando, durante o desenvolvimento embrionário, a fusão dos ductos de Müller não é acompanhada pela reabsorção completa da parede entre eles, formando um septo que compartimenta o órgão. A divisão parcial é chamada de útero septado incompleto, enquanto a total é denominada útero septado completo.

Imagem ilustrando um útero septado
Imagem: autoral
Imagem ilustrando um útero parcialmente septado
Imagem: Autoral

Causas e fatores de risco do útero septado

O útero septado resulta de uma falha no desenvolvimento embrionário do sistema reprodutor feminino, especificamente durante o processo de formação e reabsorção dos ductos de Müller. Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, alguns fatores de risco podem estar associados ao surgimento dessa malformação, como:

  • Uso de substâncias como o dietilestilbestrol (DES), um estrogênio sintético anteriormente prescrito para prevenir abortos espontâneos.

O útero septado apresenta sintomas?

A maioria dos casos de útero septado é assintomática. No entanto, dependendo da extensão do septo e de possíveis complicações associadas, alguns sinais podem estar presentes, como:

  • Abortos espontâneos recorrentes;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Parto prematuro ou outras complicações obstétricas;
  • Dor pélvica.

Se o útero septado vier acompanhado de uma hemivagina septada, pode haver dor cíclica, infecções genitais de repetição e saída de secreção fétida ou até mesmo purulenta.

Como diagnosticar o útero septado?

Além de ser frequentemente assintomática, essa condição não costuma alterar os ciclos menstruais. Por isso, é comum que o útero septado seja descoberto casualmente em exames ginecológicos de rotina ou em investigações realizadas após dificuldades para engravidar.

Para confirmar o diagnóstico de útero septado, a ginecologista solicita exames de imagem que permitem analisar a forma e a estrutura da cavidade uterina. A ultrassonografia transvaginal com reconstrução 3D oferece imagens detalhadas do interior do útero, ajudando a identificar a presença e a extensão do septo uterino. No exame, é possível observar duas cavidades uterinas separadas por essa membrana.

A ressonância magnética pélvica também pode auxiliar na avaliação. No entanto, o exame mais usado para confirmar o diagnóstico é a histeroscopia diagnóstica. Nele, uma pequena câmera é inserida no útero, permitindo à médica visualizar diretamente o septo em tempo real.

Útero septado tem cura?

O útero septado é uma malformação congênita que pode ser tratada, permitindo a correção da anatomia uterina e a melhora dos sintomas ou complicações associadas. Com o acompanhamento médico adequado, é possível obter bons resultados e minimizar os impactos dessa condição na saúde da paciente.

É possível engravidar com útero septado?

Embora o útero septado possa dificultar a implantação do embrião, a gravidez ainda é possível. No entanto, essa condição aumenta os riscos gestacionais, incluindo abortos recorrentes e trabalho de parto prematuro.

Além disso, a restrição de espaço na cavidade uterina pode comprometer o crescimento do bebê e elevar a chance de parto prematuro, mas algumas pacientes apresentam bons resultados gestacionais, pois a influência na gravidez decorre grandemente do tamanho do septo intrauterino.

Quais os tratamentos para útero septado?

O tratamento do útero septado pode ser feito de forma conservadora, com consultas regulares à ginecologista, ou cirúrgica. O objetivo da cirurgia é restaurar a anatomia uterina para preservar a saúde reprodutiva da paciente e reduzir os riscos durante a gestação.

A abordagem cirúrgica consiste na remoção da parede que divide a cavidade uterina, por meio da histeroscopia cirúrgica. Esse procedimento é feito em ambiente hospitalar, sob anestesia, e permite à médica visualizar o septo e removê-lo com precisão.

Quando o tratamento cirúrgico é indicado?

A cirurgia para correção do útero septado geralmente é recomendada em casos de abortos de repetição, dificuldade para engravidar ou presença de sintomas, como dor pélvica. O objetivo é restaurar a anatomia uterina e melhorar as chances de uma gestação saudável, além de aliviar desconfortos.

Qual médica trata o útero septado?

O útero septado deve ser avaliado e tratado por uma ginecologista especializada em cirurgia minimamente invasiva com conhecimentos uroginecológicos, pois, em geral, essas alterações uterinas estão acompanhadas de alterações na vagina e no sistema urinário.

Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka para agendar sua consulta!

 

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

Cuidado integral
à saúde da mulher

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