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A adenomiose pode virar câncer uterino?

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Mulher segurando um objeto que representa útero.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

31 janeiro, 2023

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A crença popular de que adenomiose vira câncer é falsa, mas é preciso estar atenta a fatores de risco

A adenomiose é uma condição ginecológica que afeta aproximadamente 30% das mulheres em idade fértil, principalmente entre os 35 e 50 anos. Ainda que muitas delas tenham sintomas clássicos da doença, cerca de 35% das pacientes são assintomáticas, o que pode atrasar o diagnóstico e causar complicações tardias.

Nesse sentido, muitas mulheres questionam se a adenomiose pode virar câncer uterino e se há associação com infertilidade. Enquanto a segunda informação é verdadeira, não é fato que a adenomiose vira câncer.

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O que é adenomiose?

A adenomiose é uma doença em que as glândulas endometriais — da camada uterina que descama na menstruação — invadem o miométrio, que é a camada muscular do útero. Com isso pode haver um aumento do volume do órgão e até mesmo a necessidade de histerectomia em casos mais avançados da doença.

Ainda assim, nem mesmo nos casos mais avançados a adenomiose vira câncer, sendo que há diversos outros fatores de risco para a formação de tumores malignos, conforme será visto adiante.

Por que a adenomiose ocorre?

Ainda não se sabe ao certo qual a causa da adenomiose, mas, por se tratar de uma proliferação de células endometriais, compreende-se que o estímulo dos hormônios sexuais durante o ciclo menstrual (principalmente o estrogênio) seja um dos fatores que levam à doença. Por esse mesmo motivo, é comum que a adenomiose regrida após a menopausa, período em que não há estímulo hormonal.

Porém, ainda que a comunidade médica não saiba explicar ao certo o porquê de algumas mulheres terem adenomiose e outras não, o que se sabe é que a crença de que a adenomiose pode virar câncer uterino não é verdadeira.

O que acontece, muitas vezes, é que mulheres com esse quadro fazem mais consultas ginecológicas e, por se submeterem a mais exames físicos e de imagem, acabam descobrindo que têm câncer de útero. Por esse motivo, associam as duas doenças e acreditam que a adenomiose pode virar câncer uterino.

Além disso, sabemos que as mulheres que têm adenomiose apresentam fatores de riscos comuns ao status que hiperestrogenismo que aumenta chance de câncer de endométrio, como:

  • Diabetes mellitus;
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Uso de tamoxifeno.

Sintomas da adenommiose

Embora a adenomiose possa ser, na maioria das vezes, assintomática, é comum que muitas mulheres relatem:

  • Fluxo menstrual aumentado — o principal sintoma da adenomiose;
  • Sangramentos uterinos irregulares
  • Cólicas menstruais;
  • Dor pélvica crônica;

A manifestação de sintomas é outro motivo que preocupa muitas mulheres e as fazem crer que a adenomiose pode virar câncer uterino. Isso porque muitos desses sintomas podem ocorrer em outras doenças do útero.

Saiba como tratar e prevenir condições ginecológicas fazendo um bom acompanhamento.

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Tratamentos para adenomiose

Dado que o principal sintoma da adenomiose tem relação com sangramentos menstruais volumosos e cólica, o tratamento hormonal, assim como na endometriose, pode ser bastante eficaz. Assim, um tratamento bastante indicado para a adenomiose é a implantação do DIUs hormonais, mas também é indicado o uso de contraceptivos orais combinados, anel vaginal, injetáveis, adesivos ou tratamentos com apenas progestágenos, como o implante hormonal. A escolha do melhor tratamento varia conforme as individualidades de cada paciente.

Outra opção de tratamento para adenomiose em quadros mais sintomáticos e em mulheres sem desejo de gestação é a histerectomia, que consiste na remoção cirúrgica do útero, podendo ser realizada por técnicas minimamente invasivas como na laparoscopia ou cirurgia robótica.

Já nos momentos de dor, a administração oral de anti-inflamatórios não esteroidais (prescritos pelo médico) podem ajudar a reduzir esse sintoma.

Ou seja, a escolha do tratamento ideal para a adenomiose depende das expectativas e preferências de cada mulher, devendo ser uma escolha conjunta entre médico e paciente.

É importante ressaltar que, como a afirmação de que adenomiose pode virar câncer uterino não é verdadeira, tratar a doença não diminui os riscos que podem estar associados ao câncer de útero em si.

Adenomiose pode virar câncer uterino?

Embora muitas mulheres acreditem que a adenomiose pode virar câncer uterino, essa não é uma informação verdadeira. Na verdade, a adenomiose é uma doença benigna e às vezes confundida com a endometriose. Sabemos que existem mecanismos biomoleculares semelhantes na gênese de adenomiose e câncer do endométrio ainda não totalmente decifradas.

Já o câncer de endométrio é uma doença de caráter maligno que exige um tratamento imediato adequado, pois é a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Dentre os fatores que realmente podem aumentar o risco de desenvolve câncer de útero estão:

  • Obesidade;
  • Câncer de ovário e de mama;
  • Histórico familiar;
  • Hiperplasia endometrial;
  • Diabetes.

Adenomiose e gravidez x infertilidade

Apesar de não ser verdade que a adenomiose pode virar câncer uterino, é importante reforçar que os quadros mais graves da doença podem causar infertilidade ou, pelo menos, gerar obstáculos para a mulher que deseja gestar.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), estudos indicam que a relação entre a adenomiose e a infertilidade. Além disso, também existe o risco de complicações na gestação por causa das irregularidades na parede uterina.

O mais importante é ter sempre acompanhamento de um médico ginecologista para avaliar o estado de saúde do útero, tirar dúvidas e detectar doenças silenciosas como a adenomiose. Pois, como vimos, apesar de não ser verdade que a adenomiose vira câncer, é uma doença que pode trazer outros prejuízos à saúde da mulher.

Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.

 

Fontes:

Febrasgo

Ministério da Saúde

Cuidado integral
à saúde da mulher

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