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Cistocele: entenda sobre a bexiga caída

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Imagem ilustrando um útero machucado.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A cistocele pode afetar ao longo da vida uma a cada cinco mulheres, mas pode ser prevenida

A cistocele, condição médica que também pode ser chamada de bexiga caída ou prolapso de bexiga, pode afetar aproximadamente 20% das mulheres com mais de 18 anos, sendo ainda mais prevalente após os 50 anos. Dado que a cistocele causa um deslocamento da bexiga para a parede vaginal, que pode evoluir para diversos graus, essa condição impacta diretamente a qualidade de vida da mulher, devendo ser prevenida sempre que possível e tratada sempre que necessário.

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Possíveis causas da cistocele

A cistocele ocorre devido a um enfraquecimento dos músculos da região pélvica, que têm a função de sustentar os órgãos dessa cavidade. Assim, algumas condições que aumentam a pressão sobre essa região aumentam também a probabilidade de uma mulher apresentar esse quadro ao longo da vida; sendo estas as mais importantes:

Multiparidade

A gestação, por si só, é um importante fator de risco para o prolapso de bexiga, pois a sustentação do útero com o bebê ao longo de 40 semanas contribui para o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. Assim, ter múltiplas gestações contribui para prolapsos genitais.

Partos normais

Além da gestação, o parto vaginal é uma situação que muito colabora para a disfunção da musculatura pélvica, principalmente os partos prolongados ou quando a criança é muito grande. Estima-se que o risco de cistocele aumenta 1,2% a cada parto vaginal.

Obesidade

Assim como na gestação, a obesidade causa um aumento de peso intra-abdominal e, consequentemente, de pressão sobre o assoalho pélvico, causando o prolapso da bexiga.

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Dra. Priscila Matsuoka

Envelhecimento

O processo de envelhecimento pode resultar na perda de elasticidade e força nos músculos e nos ligamentos pélvicos devido à degradação natural e à diminuição da produção de fibras de sustentação. Assim, as mulheres acima dos 50 anos de idade são as mais propensas a ter cistocele.

Outras causas

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), outros importantes fatores de risco associados à cistocele são:

  • Menopausa;
  • Traumatismos do assoalho pélvico;
  • Constipação crônica;
  • Condições médicas que causam distúrbios do tecido conjuntivo, como síndrome de Marfan;
  • Histerectomia total.

Sintomas da cistocele

Nos primeiros estágios do prolapso de bexiga, a mulher pode ser assintomática ou sentir algo leve, como um peso na região abdominal e algumas alterações urinárias. Porém, conforme o quadro de cistocele evolui, os sintomas também aumentam e podem incluir:

  • Incontinência urinária;
  • Sensação constante de pressão vaginal;
  • Dor ou desconforto pélvico;
  • Dificuldade de esvaziar a bexiga;
  • Prolapso uterino.

Diagnóstico da cistocele

O diagnóstico da cistocele deve ser feito por médicos experientes, idealmente por profissionais de saúde especializados, como uroginecologistas, que, além de analisar a história clínica e o exame físico da paciente, podem classificar o estágio do prolapso e definir o melhor tratamento.

Tratamento da cistocele

Segundo a Febrasgo, o tratamento da cistocele é indicado para todas as mulheres sintomáticas ou àquelas que tenham complicações urinárias decorrentes dessa condição, como hidronefrose e obstrução urinária. Assim, a melhor abordagem vai depender da gravidade da condição, e grande parte das vezes envolve uma multidisciplinaridade entre médicos e fisioterapeutas.

Fisioterapia

Existem diversas abordagens fisioterapêuticas focadas no fortalecimento dos músculos pélvicos e no alívio dos sintomas associados à cistocele, tal como o biofeedback.

Pessários uterinos

Dispositivos de silicone, conhecidos como pessários, podem ser inseridos na vagina para fornecer suporte estrutural à bexiga e aliviar os sintomas da cistocele, porém sempre sob orientação médica e treinamento correto da paciente.

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Cirurgia

Em casos mais graves, quando as opções não invasivas não são eficazes, a cirurgia de correção do prolapso pode ser recomendada, sendo que a técnica e abordagem utilizadas dependem do tipo de prolapso, da condição do assoalho pélvico e se há outros órgãos acometidos, sendo o útero o principal deles.

Quem realiza o tratamento cirúrgico da cistocele?

O tratamento cirúrgico da cistocele deve ser feito por ginecologistas especializados em cirurgia uroginecológica – profissionais que possuem experiência no tratamento de distúrbios do assoalho pélvico, incluindo o prolapso da bexiga.

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Fontes:

Febrasgo

Dra. Priscila Matsuoka

Cuidado integral
à saúde da mulher

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