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Como escolher o melhor método contraceptivo?

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Garota pensando em qual método contraceptivo escolher
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Melhor método contraceptivo depende de aspectos individuais que deverão ser conversados com a ginecologista para a escolha mais acertada e compatível com os desejos pessoais.

É comum ouvir falar em melhor método contraceptivo, mas a escolha ideal vai depender de ponderações individuais, de forma que a generalização nunca é adequada nesse caso.

Os métodos contraceptivos são aqueles recursos que contribuem para evitar uma gravidez não planejada, mas alguns deles também protegem contra o contágio por doenças sexualmente transmissíveis.

Atualmente, a pílula anticoncepcional é a opção mais usada, mas isso não significa que é o melhor método contraceptivo, mas sim o de mais fácil acesso e difusão em muitos locais do mundo. Entenda mais, a seguir.

Principais métodos contraceptivos

A principal divisão dos métodos contraceptivos é entre os não-hormonais (que não contém qualquer tipo de hormônio) e os hormonais (que geralmente usam estrogênio e/ou progesterona).

Contraceptivos não-hormonais

Os contraceptivos não-hormonais apresentam diferentes graus de eficiência, de acordo com o índice de falha com uso do método. São eles:

  • Muito eficientes: laqueadura , vasectomia e Dispositivo Intrauterino de prata ou cobre (DIU), com chances de falha baixas.
  • Eficientes: camisinha masculina ou feminina, com chances de falha entre 8% e 20%;
  • Pouco eficientes: tabelinha, com falha entre 10 e 20%, e coito interrompido, com índices de 15 a 20% de falha.

Contraceptivos hormonais

*Os contraceptivos hormonais costumam ser mais eficazes. Entretanto, isso vai depender se o uso é correto, e diferentes aspectos podem interferir na segurança de alguns deles. Veja a seguir:

  • Pílula anticoncepcional, com índice de falha de 3%, mas pode aumentar caso o uso seja incorreto, como se houver esquecimentos. A interação com alguns medicamentos também pode influenciar;
  • Injeção anticoncepcional mensal e trimestral, com índice também em 3%;
  • Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU), a versão com progesterona do DIU, também com índice de falha de 0,2%;
  • Implante subcutâneo, com índice de falha de 0,05%;
  • Anel vaginal, com índice de falha de 3%;
  • Adesivo anticoncepcional, com índice de falha de 3%.

Portanto, são diversas as opções, de forma que escolher o melhor método contraceptivo pode ser desafiador.

Como escolher o melhor método contraceptivo?

É fundamental que a definição do melhor método contraceptivo considere as características individuais da paciente, de forma que o acesso às informações sobre as diferentes opções, bem como a orientação do ginecologista são etapas importantes em uma escolha mais acertada.

A seguir, veja apenas alguns dos aspectos que devem ser considerados na escolha do método contraceptivo.

Relacionamento

É preciso considerar se o objetivo do método contraceptivo se refere apenas à prevenção da gravidez ou também da transmissão de doenças.

Sempre oriento o uso de camisinha (feminina ou masculina) para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Independente de utilizar outro método contraceptivo.

Em relacionamentos estáveis e de parceiro único, por exemplo, pode-se considerar ficar sem uso de preservativo caso ambos forem avaliados previamente e após concordância do casal.

Tendências pessoais

Um aspecto cada vez mais considerado na definição do melhor método contraceptivo é a individualidade da paciente.

A primeira avaliação a ser feita pela ginecologista é se a paciente apresenta alguma contraindicação para uso daquela modalidade de contraceptivos. Por exemplo, mulheres com tendência a trombose, não devem utilizar contraceptivos combinados com estrógeno mais progesterona es. Para saber exatamente  a adequação da paciente é preciso uma avaliação detalhada e exames de rotina. Assim, a ginecologista poderá apontar quais métodos são mais recomendados. Existe pela Organização Mundial de Saúde (OMS), critérios de elegibilidade para cada contraceptivo e comorbidades ou situação da mulher: (https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/173585/9789248549250-por.pdf?ua=1)

Na sequência, deve-se avaliar se a modalidade do contraceptivo agrada a paciente pela comodidade. Um exemplo, para pacientes que se esquecem de tomar comprimidos, opções como adesivos, DIU, injeção e implantes podem ser interessantes. Ou se a paciente tem desejo de engravidar em 1 ano, talvez um método mais duradouro como o DIU (que pode durar de 3 a 10 anos) não seja o mais indicado,

Por fim, é importante deixar ciente sobre os possíveis efeitos esperados de cada contraceptivo para evitar sustos ou desistências com métodos.  Sabendo de algumas particularidades do método a mulher fica mais segura de continuar com ele.

Planejamento familiar

Outro aspecto a ser considerado é o planejamento familiar. Casais certos de que não desejam mais ter filhos podem recorrer a métodos definitivos, como a vasectomia ou laqueadura.

Já mulheres que estão certas de que não desejam uma gestação nos próximos anos podem optar por um contraceptivo de longo prazo, como o DIU ou o SIU, com durabilidade de 5 a 10 anos, ou o implante subcutâneo.

Para casais que planejam ter filhos em breve, mas estão esperando o momento ideal, métodos de curto prazo (como a pílula, o anel vaginal ou o adesivo) podem entregar a proteção almejada.

A escolha do melhor método contraceptivo é sempre individualizada e é essencial contar com o suporte especializado de um ginecologista para orientação e informação.

Para saber qual o melhor método contraceptivo para você, entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.

*Observação todas as porcentagens de efetividade (eficácia) estão com o uso habitual ou comum, ou seja, na vida real.

 

Fontes:

Manual da Febrasgo de Anticoncepção 2015

Dra. Priscila Matsuoka

Cuidado integral
à saúde da mulher

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