Saiba quais são as causas das cólicas menstruais e como elas podem ser tratadas
O ciclo menstrual é definido como o intervalo de tempo entre o primeiro dia da menstruação e o último dia antes da menstruação seguinte. Ele é considerado regular quando dura 28 dias, mas períodos entre 21 e 35 dias também são considerados normais.
O ciclo menstrual é dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea. Na fase folicular, que costuma durar cerca de 12 dias e tem início no primeiro dia do fluxo menstrual, ocorre a estimulação do crescimento de um dos folículos presentes no ovário, chamado folículo dominante.
A fase ovulatória é aquela que ocorre na metade do ciclo menstrual, no 14º dia. É nessa etapa que o amadurecimento do óvulo é finalizado e ele é liberado para fecundação.
Na terceira e última fase, a chamada lútea, o folículo ovariano dominante, após a ovulação, forma o corpo-lúteo, responsável pela produção dos hormônios estrogênio e progesterona, que ajudam na implantação do embrião.
Nessa etapa do ciclo menstrual, o óvulo fica nas tubas uterinas por 24 a 36 horas, podendo ser fecundado ou não. Se for, tem-se a formação do embrião. Do contrário, o endométrio (tecido que reveste a parede interna do útero) descama, provocando a menstruação.
É na menstruação que algumas mulheres podem apresentar um quadro de dismenorreia. No texto a seguir, detalharemos essa condição.
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O que é dismenorreia?
Dismenorreia é o termo médico usado para designar períodos menstruais dolorosos ou cólicas menstruais fortes. Além das cólicas, a mulher pode apresentar outros sintomas no período menstrual, como:
- Náuseas;
- Fadiga;
- Diarreia;
- Dor de cabeça;
- Dor nos quadris, na parte inferior das costas e na parte interna das coxas;
- Sensação de pressão no abdômen.
A dor da dismenorreia tem início pouco antes da menstruação e diminui após alguns dias.
Tipos de dismenorreia
A dismenorreia é classificada em primária e secundária.
Primária
Tipo mais comum, a dismenorreia é chamada de primária quando as dores surgem apenas durante o período menstrual e não têm relação com nenhuma outra condição de saúde, começando de um a dois dias antes da menstruação ou quando o sangramento tem início.
Secundária
A dismenorreia secundária está associada a outras condições, como endometriose, adenomiose, miomas uterinos, doença inflamatória pélvica, entre outras doenças que afetam o aparelho reprodutivo.
Por estar relacionada a outras doenças, pode apresentar outros sintomas como sangramento menstrual aumentado, útero com volume aumentado, dor para ter relação sexual etc.
O que pode causar a dismenorreia?
A principal causa da dismenorreia é a contração uterina, que ocorre devido à ação de uma substância química chamada prostaglandina, que durante a menstruação tem seus níveis elevados, fazendo com que a contração uterina seja mais forte.
São essas contrações que ajudam a eliminar o revestimento uterino (endométrio), em forma de menstruação, quando não há gravidez. Os níveis de prostaglandina aumentam antes do início da menstruação e começam a diminuir assim que a menstruação começa, por isso que as dores tendem a aliviar após alguns dias.
Períodos menstruais dolorosos devem ser avaliados
É normal ter alguma dor, geralmente de intensidade leve, durante a menstruação. Porém, cerca de 5% a 15% das mulheres relatam sentir cólicas tão intensas que afetam suas atividades do dia a dia. Isso já não pode ser considerado normal e deve ser avaliado por um especialista.
Existem diversas condições, como dissemos anteriormente, que podem causar cólicas fortes, que precisam ser tratadas para não impactar a saúde – inclusive a reprodutiva – e a qualidade de vida da mulher.
Saiba como tratar e prevenir condições ginecológicas fazendo um bom acompanhamento.
Há tratamentos para a dismenorreia?
A dismenorreia pode ser tratada com:
- Analgésicos e anti-inflamatórios;
- Medicações hormonais, como pílulas anticoncepcionais e dispositivo intrauterino hormonal.
Além disso, as cólicas podem ser aliviadas com algumas medidas, como:
- Fazer compressas quentes na parte inferior das costas ou no abdômen;
- Evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
- Massagear a parte inferior das costas e do abdômen;
- Exercitar-se regularmente.
Para saber mais sobre a dismenorreia, entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka e agende uma consulta.
Fontes: