Alguns detalhes podem deixar o diagnóstico de adenomiose passar despercebido por médicos não especialistas
A adenomiose é uma doença médica ginecológica que pode afetar a qualidade de vida de até 35% das mulheres em idade reprodutiva, causando sintomas incômodos e desconfortáveis, além de prejudicar sua rotina, sua produtividade e até suas relações sexuais. Porém, embora seja um quadro bem prevalente, muitas vezes o diagnóstico passa despercebido, sendo necessário consultar uma ginecologista especialista em adenomiose para receber o tratamento mais adequado.
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O que é adenomiose?
Na adenomiose, o endométrio – tecido que reveste a cavidade uterina – cresce para dentro da parede muscular do útero, o miométrio, podendo causar um aumento no volume deste órgão, sangramentos intensos, cólicas fortes, dores durante a relação sexual e até mesmo infertilidade. Assim, estar atenta às alterações do ciclo menstrual e buscar atendimento adequado com uma especialista em adenomiose é fundamental para receber um diagnóstico rápido e iniciar o tratamento.
Quais os tipos de adenomiose?
Os dois principais tipos de adenomiose são classificados de acordo com o grau e modo de invasão endometrial à camada uterina muscular.
Adenomiose difusa
Neste tipo de adenomiose, o tecido endometrial invade uniformemente toda a parede uterina, de forma que o útero apresenta um aumento difuso e flacidez por toda sua extensão. Quando um exame anatomopatológico, após a retirada do útero, é solicitado pela especialista em adenomiose, pode-se notar que ao longo de toda a parede do miométrio há áreas hemorrágicas dispersas (difusas).
Adenomiose focal
Na adenomiose focal, ocorre a penetração de células endometriais no miométrio, formando nódulos individualizados dentro da parede uterina. Estes nódulos podem ser observados em laboratório como agregados nodulares presentes apenas em uma parte do miométrio, ou seja, em regiões focais, podendo até mesmo assemelhar-se a leiomiomas.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comumente relatados pelas pacientes à especialista em adenomiose incluem:
- Sangramento menstrual intenso;
- Ciclo menstrual desregulado;
- Cólicas menstruais muito dolorosas;
- Dor pélvica crônica;
- Aumento do volume uterino, notado pela própria paciente.
Diagnóstico da adenomiose
O diagnóstico da adenomiose pode ser desafiador, pois seus sintomas muitas vezes se assemelham a outras condições ginecológicas, como a endometriose, leiomiomas e até a Doença Inflamatória Pélvica (DIP). Por isso, é muito comum que a especialista em adenomiose receba pacientes que já trataram diversas outras condições, mas que nunca receberam o diagnóstico correto de adenomiose.
Assim, quando a médica especializada inicia a investigação da adenomiose, ela o faz a partir da história clínica e do exame físico ginecológico, além de contar com ajuda de exames de imagem como ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética.
Quando procurar um ginecologista especialista em adenomiose?
Qualquer mulher que note alterações no ciclo menstrual, seja com relação à frequência, duração ou volume do fluxo, deve procurar um ginecologista, pois essas mudanças não são normais. Se, associado a isso, houver cólicas dolorosas, dor pélvica crônica e dor durante as relações sexuais (dispareunia), a especialista em adenomiose pode dar um diagnóstico preciso e realizar um tratamento eficaz.
Muitas vezes, a adenomiose pode coexistir com outros problemas ginecológicos, como os miomas uterinos e endometriose.
Tratamentos indicados para Adenomiose
A escolha do tratamento depende do quadro clínico (sintomas) da paciente, idade da paciente e desejo de engravidar.
Tratamento farmacológico
O uso de anti-inflamatórios não esteroidais (que sejam devidamente prescritos pela médica) pode ajudar a controlar a dor nos períodos mais intensos, enquanto as pílulas anticoncepcionais ou o DIU hormonal são métodos recomendados pela especialista em adenomiose como forma de controlar os sintomas e reduzir o sangramento menstrual intenso. Além disso, alguns casos podem ter indicação de tratar com outros tipos de medicações hormonais além do anticoncepcional.
Tratamento cirúrgico
Em alguns casos mais graves e em que a mulher não deseja engravidar mais, a cirurgia pode ser indicada para tratar a adenomiose, sendo que a cirurgia robótica tem se mostrado uma opção segura e eficaz para a abordagem dessa condição, com resultados cada vez mais satisfatórios para a paciente, principalmente quando é realizada pela especialista em adenomiose.
Assim, é importante ressaltar que cada caso é único, e o tratamento adequado deve ser determinado pela ginecologista especialista após avaliar o quadro clínico da paciente e de que forma essa condição afeta a qualidade de vida e os planos reprodutivos da mulher.
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Fontes: