A gravidez após 40 anos exige cuidados adicionais devido aos riscos aumentados, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro
A gravidez após os 40 anos tem se tornado mais comum, pois muitas mulheres escolhem adiar a maternidade para focar na carreira, na estabilidade financeira e no autodesenvolvimento. Esse adiamento é possibilitado pelos avanços médicos e pelo aprimoramento nos cuidados no pré-natal. No entanto, a concepção pode ser mais difícil nessa faixa etária; além disso, a gravidez tardia envolve riscos, exigindo cuidados adicionais para garantir a saúde da mãe e do bebê.
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É possível engravidar após os 40 anos naturalmente?
A gravidez após os 40 anos é possível, desde que a mulher continue ovulando. No entanto, as chances de engravidar diminuem progressivamente com o tempo. A partir dos 35 anos, a fertilidade começa a declinar de forma mais acentuada, intensificando o processo após os 38 anos, com uma redução ainda mais significativa após os 42 anos.
A diminuição na fertilidade ocorre por diversos fatores, dificultando a concepção, devido a questões como:
- Diminuição do número de óvulos: o número de óvulos diminui com o tempo, já que as mulheres nascem com uma quantidade limitada deles;
- Redução da qualidade dos óvulos: como as mulheres já nascem com os óvulos, eles envelhecem com o tempo, aumentando a probabilidade de anomalias que afetam o desenvolvimento do embrião;
- Diminuição na produção hormonal: os hormônios que regulam a ovulação diminuem com a idade, resultando em ciclos menstruais irregulares e maior dificuldade para ovular;
- Doenças ginecológicas: miomas uterinos, endometriose e pólipos endometriais tornam-se mais comuns com o avanço da idade, podendo afetar a fertilidade.
A gravidez após os 40 anos é considerada de risco?
A gravidez após os 40 anos é geralmente considerada de alto risco, já que mulheres nessa faixa etária têm maior propensão a doenças preexistentes que complicam a gestação, como hipertensão, doenças da tireoide e diabetes. No entanto, isso não significa que todas as gestantes com essa idade terão os mesmos problemas, mas que o acompanhamento precisa ser mais rigoroso.
Desafios e riscos da gravidez após os 40 anos
A gravidez após os 40 anos pode aumentar o risco de várias complicações, tanto para a mãe quanto para o bebê. Um dos riscos mais comuns é o aborto espontâneo, que ocorre com maior frequência nessa faixa etária, principalmente devido à redução da qualidade dos óvulos, o que dificulta a fertilização e aumenta a probabilidade de falhas no desenvolvimento do embrião.
Outros riscos comuns na gravidez após os 40 anos são:
- Embriões com doenças cromossômicas;
- Diabetes gestacional;
- Pré-eclâmpsia;
- Parto prematuro;
- Bebê com baixo peso ao nascer;
- Restrição de crescimento intrauterino.
Cuidados essenciais na gravidez após os 40 anos
A gravidez após os 40 anos exige cuidados extras e acompanhamento médico mais frequente para garantir a saúde da mãe e do bebê, considerando os riscos aumentados que surgem com a idade. Alguns dos cuidados incluem:
Pré-natal regular
A gravidez após os 40 anos está relacionada a um pré-natal mais rigoroso e assíduo, o que implica em consultas mais frequentes ao obstetra geralmente mais de uma vez por mês, além de uma série maior de exames. Esse monitoramento tem como objetivo identificar e tratar precocemente possíveis complicações.
Alimentação balanceada
Uma alimentação balanceada é necessária para gestantes em qualquer idade, garantindo os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê.
Atividade física moderada
A prática regular de exercícios físicos moderados, com orientação médica, é importante para a gestante. Caminhadas, yoga e alongamentos podem ajudar a melhorar a circulação, reduzir o estresse e manter a saúde cardiovascular. Além disso, a atividade física contribui para o controle do peso, da pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue. Importante ressaltar que a gestante já deve estar habituada a realizar essas atividades previamente à gestação. Caso não seja o caso, o obstetra pode indicar caminhadas leves ou atividades na água.
Controle de condições preexistentes
Mulheres com mais de 40 anos muitas vezes têm condições médicas preexistentes, como hipertensão, diabetes ou problemas na tireoide. O controle dessas condições é importante para reduzir os riscos à saúde da gestante e do feto durante a gestação.
Exames genéticos
Exames genéticos são recomendados na gravidez após os 40 anos, pois há um risco aumentado de condições cromossômicas. Testes como a NIPT expandido (Teste Pré-Natal Não Invasivo) podem ser realizados para avaliar o risco de doenças cromossômicas no feto.
Como ter uma gestação segura?
Para garantir uma gestação segura após os 40 anos, o ideal é iniciar o acompanhamento médico pelo menos 3 meses antes da concepção. Esse cuidado permite avaliar a saúde da mulher, identificar riscos, prescrever vitaminas para prevenir defeitos congênitos e monitorar condições preexistentes, como obesidade e hipertensão.
Além dos cuidados essenciais já mencionados, também são recomendadas outras medidas para aumentar a segurança e o bem-estar na gravidez após os 40 anos. São eles:
- Dormir bem e descansar adequadamente;
- Beber bastante água para manter a hidratação;
- Evitar ansiedade e estresse;
- Evitar substâncias prejudiciais, como o álcool, assim como a exposição a produtos químicos;
- Manter o peso dentro do limite saudável;
- Manter-se atenta a sinais de alerta, como sangramentos, dores intensas ou ardor ao urinar.
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Fonte:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia