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O que são pólipos uterinos?

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Médico segurando modelo de útero e ovários.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Os pólipos uterinos são estruturas que se formam e crescem na parede interna do útero, podendo causar diversos sintomas e complicações

Os pólipos uterinos são projeções que se formam na parede do útero, um quadro geralmente benigno e relativamente comum, principalmente durante a idade fértil da mulher, visto que são hormônio-dependentes, ou seja, são estimulados pelos hormônios ovarianos. Porém, embora costumem ser benignos, os pólipos uterinos podem causar desconforto e sintomas que afetam a qualidade de vida da mulher, de tal forma que o diagnóstico, tratamento e acompanhamento com o ginecologista são de grande importância.

Como surgem os pólipos?

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os pólipos uterinos surgem pelo crescimento excessivo de células glandulares (secretoras) na parede do útero, que se acumulam e formam uma protuberância em “formato de dedo”. Embora a fisiopatogenia exata do quadro não seja totalmente compreendida, acredita-se que o desequilíbrio hormonal associado a fatores genéticos possa estar relacionado ao surgimento dos pólipos.

Como identificar o pólipo uterino?

Os pólipos uterinos podem ser identificados facilmente a partir de ultrassom pélvico ou durante avaliação física ginecológica de rotina, caso os pólipos se exteriorizem pelo orifício do útero. No entanto, o exame padrão-ouro para esse diagnóstico é a histeroscopia, que permite visualizar em detalhes o canal endocervical e o interior do útero da paciente, sendo considerada a técnica mais precisa para identificação de pólipos uterinos.

O que os pólipos uterinos podem causar?

Os sintomas dos pólipos uterinos são muito variáveis entre as mulheres, mas alguns dos sinais mais comuns são:

  • Sangramento vaginal irregular;
  • Fluxo menstrual intenso;
  • Sangramento vaginal entre os ciclos menstruais;
  • Sangramento vaginal após a relação sexual;
  • Sangramento no período pós-menopausa.

Principais tratamentos para pólipo uterino

O tratamento de escolha para os pólipos uterinos depende dos sintomas da paciente, avaliação para fatores de risco para câncer e infertilidade, tamanho e quantidade de pólipos. Em geral, quando os pólipos são pequenos e não causam sintomas, o médico pode optar por fazer uma vigilância clínica e monitoramento periódico do quadro. No entanto, é preciso ficar muito atento ao aparecimento de sintomas e risco de câncer, assim, caso o quadro mude, a indicação de retirada do pólipo é necessária.

Para a maioria dos casos, quando os pólipos são maiores, múltiplos ou causam sintomas, como sangramento vaginal anormal, dor pélvica ou infertilidade, é necessário realizar um tratamento específico de remoção, chamado polipectomia.

Histeroscopia cirúrgica

Esse é o principal método utilizado para remoção dos pólipos uterinos, pois permite a retirada completa do pedúnculo, evitando sangramentos e recidivas. A histeroscopia cirúrgica consiste em inserir uma câmera pelo canal do útero que permite a completa visualização da cavidade endometrial e, com o instrumento fino, realizar a retirada do pólipo. É importante destacar a necessidade de realizar a remoção completa do pólipo e encaminhá-lo para análise anatomopatológica, a fim de descartar qualquer risco de câncer na amostra.

Assim, é importante lembrar que os pólipos uterinos podem ser sintomáticos ou assintomáticos e se apresentam de diferentes formas e em diversos locais. Portanto, cada caso é único e o tratamento deve ser avaliado individualmente pelo médico especialista em ginecologia minimamente invasiva.

Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.

 

Fonte:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)

Cuidado integral
à saúde da mulher

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(11) 99802-1564