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Prolapso genital: o que é, causas, sintomas e tratamentos

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Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Popularmente conhecido como “bexiga caída”, condição afeta muitas mulheres. Conheça as causas e os tratamentos disponíveis.

O prolapso genital, popularmente conhecido como “bexiga caída”, é um distúrbio que ocorre devido à perda de sustentação dos órgãos que compõem o assoalho pélvico, ou seja, pode acometer além da bexiga, útero, intestino, uretra e reto. Essa condição é mais comum em pessoas que tiveram vários partos vaginais e em mulheres na menopausa.

Saiba mais sobre prolapso genital lendo o texto a seguir.

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Dra. Priscila Matsuoka

O que é prolapso genital?

O prolapso genital é uma condição na qual há perda da sustentação dos órgãos que compõem o assoalho pélvico – bexiga, uretra, útero, intestino e reto –, que se deslocam pela vagina, criando a sensação de peso ou protuberância.

Os prolapsos genitais recebem denominações próprias conforme o órgão que se deslocou: cistocele (bexiga), uretrocele (uretra), uterino (útero), enterocele (intestino) e retocele (reto).

Causas e fatores de risco

O prolapso genital ocorre quando o grupo de músculos, fáscias e tecidos que normalmente sustentam os órgãos pélvicos fica enfraquecido e não consegue manter os órgãos no lugar firmemente. Isso pode acontecer por uma série de razões.

Enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico

O enfraquecimento dos músculos e tecidos do assoalho pélvico é uma das principais causas do prolapso genital. O próprio processo de envelhecimento leva a uma diminuição do tônus muscular devido à perda natural de colágeno, o que faz com que os músculos fiquem mais frouxos.

Gravidez e parto

O prolapso genital pode ter como causas a gravidez e o parto, especialmente nos casos de gestações gemelares, múltiplos partos, ou quando o parto vaginal teve o período expulsivo longo e difícil, o bebê era muito grande ou foi necessário utilizar o fórceps.

Fatores relacionados ao envelhecimento

À medida que a mulher envelhece, aumenta o risco de prolapso genital, principalmente durante a menopausa, quando os ovários param de produzir hormônios que regulam o ciclo menstrual, como o estrogênio – hormônio importante porque ajuda a manter os músculos pélvicos fortes.

Genética e predisposição

Histórico familiar de prolapso genital pode aumentar as chances de uma mulher desenvolver o problema. Além disso, pacientes que possuem doenças de distúrbios do colágeno, como por exemplo, a síndrome de Ehlers-Danlos.

O prolapso genital apresenta sintomas?

Nem sempre o prolapso genital apresenta sintomas, sendo, portanto, muitas vezes diagnosticado durante um exame ginecológico de rotina. Os sintomas estão correlacionados com o grau do prolapso, quanto maior o prolapso maior a chance de a mulher apresentar sintomas. Porém, algumas mulheres podem sentir:

  • Sensação de peso na parte inferior do abdômen e na região genital;
  • Sensação de desconforto na vagina;
  • Protuberância saindo da vagina;
  • Desconforto e dor durante as relações sexuais;
  • Sensação de que a bexiga não esvazia completamente ao urinar;
  • Necessidade de ir ao banheiro com mais frequência;
  • Necessidade de colocar o prolapso para dentro da vagina para poder urinar ou evacuar.

Diagnóstico do prolapso genital

O prolapso genital pode ser diagnosticado durante a consulta com uma uroginecologista com base em um exame físico, nos sintomas apresentados e no histórico médico e cirúrgico da paciente.

Além disso, o médico pode solicitar exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica, para visualizar os órgãos pélvicos. Em alguns casos, o médico pode ainda recomendar o teste de urodinâmico, em pacientes com prolapso anterior e apical avançado para diagnosticar incontinência urinária oculta.

Saiba como tratar e prevenir condições ginecológicas fazendo um bom acompanhamento.

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Dra. Priscila Matsuoka

Tratamento do prolapso genital

O tratamento recomendado para o prolapso genital dependerá do tipo e da gravidade do prolapso, dos sintomas apresentados e das condições de saúde da paciente. Mulheres assintomáticas, ou que têm um prolapso genital leve, podem não necessitar de tratamento, e sim de algumas mudanças no estilo de vida, como:

  • Perder peso (se estiver com sobrepeso ou obesa);
  • Evitar carregar peso ou fazer atividades físicas intensas;
  • Prevenir ou tratar a constipação.

Se o prolapso genital for mais grave ou os sintomas estiverem interferindo nas atividades diárias, outras medidas podem ser consideradas. Estas incluem:

  • Exercícios do assoalho pélvico para fortalecer a musculatura pélvica;
  • Tratamento hormonal com estrogênio tópico, para aliviar sintomas como secura vaginal ou desconforto durante as relações sexuais;
  • Pessário vaginal, dispositivo feito de silicone que é inserido na vagina com o objetivo de dar suporte aos órgãos pélvicos;
  • Cirurgia, indicada quando as opções não cirúrgicas não apresentaram resultado ou nos casos em que o prolapso genital é mais grave.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia é o tratamento definitivo para o prolapso genital. O procedimento visa a reposição dos órgãos deslocados pela fraqueza muscular e a melhora da sustentação no assoalho pélvico por meio de correções dos defeitos anatômicos. Com isso, evita-se que o prolapso genital ocorra novamente

A técnica cirúrgica consiste em utilizar tecido nativo ou telas confeccionadas em material sintético para recobrir todo o assoalho pélvico e, com isso, fortalecer essa região com menos músculos, onde se localizam defeitos na sustentação da uretra, bexiga, intestino e reto.

A correção cirúrgica do prolapso genital é feita por via vaginal e, em alguns casos selecionados, pode ser assistida por laparoscopia ou cirurgia de prolapso genital robótica, uma técnica na qual um robô é comandado pelo cirurgião, o que garante mais precisão nos movimentos e, consequentemente, mais segurança.

A cirurgia robótica, assim como a por via laparoscópica, é feita por meio de pequenas incisões na parte inferior do abdômen e oferece risco menor de complicações, com menos tempo de internação hospitalar, recuperação mais rápida, menos dor no pós-operatório e menor risco de sangramento.

Se você deseja saber mais sobre o que é prolapso genital, agende uma consulta com a Dra. Priscila Matsuoka.

Fontes:

Dra. Priscila Matsuoka

Mayo Clinic

Manual MSD

Cuidado integral
à saúde da mulher

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