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Qual o tratamento para endometriose profunda?

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Objeto representando um útero e um médico anotando no papel ao fundo
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O tratamento para endometriose profunda envolve abordagens medicamentosas, cirúrgicas e acompanhamento especializado

A endometriose profunda é a forma mais grave da doença, caracterizada pela presença, fora da cavidade uterina, de tecido doente semelhante ao endométrio, que normalmente reveste o interior do útero. Nesse estágio, os focos da endometriose infiltram-se a mais de 5mm de profundidade nos tecidos, podendo acometer órgãos como bexiga e intestino. A seguir, conheça sintomas, diagnóstico e tratamento para endometriose profunda.

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Dra. Priscila Matsuoka

Causas e fatores de risco da endometriose profunda

As causas ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos possam estar envolvidos, já que é comum observar a ocorrência da doença em mulheres da mesma família. Várias teorias sobre a origem da endometriose são propostas; no entanto, nenhuma explica completamente o seu mecanismo em mulheres. O mais provável é que seja um problema com causa multifatorial.

A resposta imunológica anormal pode impedir que o organismo reconheça e elimine esse tecido fora do lugar, contribuindo para a progressão da endometriose profunda. Alterações hormonais, especialmente o excesso de estrogênio, também podem estimular o crescimento dessas células, favorecendo a inflamação, a formação de lesões e a piora dos sintomas.

Além disso, existem alguns fatores de risco associados ao desenvolvimento da endometriose profunda, como:

  • Histórico familiar de endometriose, principalmente em mãe e irmãs;
  • Menarca precoce, antes dos 11 anos;
  • Menopausa tardia, após os 50 anos;
  • Ciclos menstruais curtos, abaixo de 27 dias;
  • Fluxo menstrual intenso e prolongado, com duração superior a 8 dias;
  • Nunca ter engravidado;
  • Baixo índice de massa corporal;
  • Malformações uterinas ou estenose cervical, que dificultam a saída do sangue menstrual;
  • Tabagismo precoce.

Principais sintomas da endometriose profunda

Os sintomas da endometriose profunda costumam ser mais intensos, já que os focos endometriais penetram profundamente nos tecidos e podem afetar diversos órgãos. Entre os sintomas mais comuns, estão:

  • Dor pélvica intensa e crônica, especialmente durante o período menstrual;
  • Cólica menstrual forte, que pode ser incapacitante;
  • Dor durante ou após a relação sexual;
  • Sangramento anal durante o período menstrual, devido ao acometimento do intestino;
  • Alterações intestinais, como constipação, diarreia e dor ao evacuar;
  • Alterações urinárias, como dor ao urinar, dificuldade para esvaziar a bexiga e presença de sangue na urina;
  • Dor lombar ou na parte inferior do abdômen;
  • Fadiga e cansaço excessivo;
  • Inchaço abdominal;
  • Infertilidade.

Como o diagnóstico é realizado?

O tratamento para endometriose profunda depende do diagnóstico correto, o que é desafiador, pois os sintomas são facilmente confundidos com outras doenças. Embora os sinais clínicos ajudem a suspeitar da doença, é preciso fazer exames para confirmar o diagnóstico e identificar o tamanho das lesões e a localização.

A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal costuma ser o primeiro exame realizado para mapear a doença. Para melhorar a visualização, é recomendado realizar o exame com preparo do intestino, o que permite uma análise mais detalhada dos focos endometriais. Já a ressonância magnética, também com preparo intestinal, mostra a extensão da doença e o acometimento de órgãos como bexiga, intestino e ureteres.

Qual o tratamento para endometriose profunda?

O tratamento para endometriose profunda depende da gravidade dos sintomas, da extensão da doença, dos órgãos acometidos, do grau de invasão, da idade da paciente e do desejo de engravidar. Inicialmente, medicamentos hormonais são prescritos para controlar a dor de maneira associada a analgésicos e anti-inflamatórios. Embora ajudem a controlar os sintomas, os remédios não revertem nem impedem completamente o crescimento das lesões.

Na menor parte dos casos, a cirurgia é indicada no tratamento para endometriose profunda. A cirurgia é costumeiramente recomendada quando não há uma boa resposta ao tratamento medicamentoso, impactando a qualidade de vida da paciente com a presença de dores excruciantes. A abordagem cirúrgica varia de acordo com a extensão da doença, sendo ajustada às necessidades específicas de cada caso, sempre sendo feita de modo minimamente invasivo. Ela também é indicada em casos em que a endometriose acomete a bexiga, o ureter, o reto, o sigmoide e o apêndice.

Cirurgia robótica no tratamento da endometriose profunda

A cirurgia robótica no tratamento para endometriose profunda oferece uma recuperação pós-operatória mais rápida e com menos dor, pois se trata de uma técnica minimamente invasiva. Utilizando robôs controlados pela cirurgiã, esse método permite a remoção precisa do tecido endometrial, com menores incisões e traumas ao organismo.

Nessa técnica, são realizadas pequenas incisões no abdômen da paciente, permitindo a inserção de instrumentos cirúrgicos e uma pequena câmera que transmite imagens em alta definição e em tempo real. Essa visualização aprimorada, em conjunto com o controle preciso dos braços robóticos, permite a execução dos movimentos sem afetar tecidos saudáveis próximos, o que ajuda na preservação da fertilidade.

Qual médico realiza o tratamento da endometriose profunda?

O tratamento para endometriose profunda deve ser conduzido por uma ginecologista especializada no diagnóstico e tratamento dessa doença. Dessa forma, a médica é responsável por avaliar os sintomas da paciente, realizar os exames necessários e recomendar a abordagem mais apropriada para cada caso.

No tratamento para endometriose profunda com comprometimento de outros órgãos, como intestino e bexiga, pode ser necessário o envolvimento de cirurgiãs coloproctologistas e urologistas, conforme a gravidade e a localização das lesões. Ainda assim, a ginecologista é responsável pelas orientações gerais e pelo acompanhamento contínuo da condição.

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Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Ministério da Saúde

Cuidado integral
à saúde da mulher

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