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Vaginose citolítica: o que é, sintomas e causas

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Mulher em consulta com médico ginecologista.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Diagnosticar corretamente a vaginose citolítica é importante para que o tratamento seja eficaz

A saúde vaginal é um aspecto que tem grande influência no bem-estar feminino, pois impacta diretamente na qualidade de vida e no conforto diário das mulheres. Assim, dentre as várias condições que podem afetar a saúde vaginal, é importante que as mulheres conheçam a vaginose citolítica.

Por ser pouco conhecida, essa condição é comumente confundida com outras infecções vaginais, levando a tratamento inadequados e a resultados insatisfatórios. Nesse sentido, qualquer mulher com desconforto ou sintomas vaginais deve se consultar com uma uroginecologista experiente para receber diagnóstico e tratamento corretos.

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Dra. Priscila Matsuoka

O que é vaginose citolítica?

A vaginose citolítica é uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo de lactobacilos (bactérias naturais da flora vaginal), pela redução do pH vaginal e pela destruição das células epiteliais. A causa dessas alterações não é conhecida, mas esse quadro leva a uma liberação de substâncias responsáveis pelos sintomas da vaginose citolítica.

Vale ressaltar, ainda, que essa condição é frequentemente confundida com a candidíase, uma infecção fúngica comum, mas com causa e tratamentos diferentes.

Quais são as causas da vaginose citolítica?

A causa exata da vaginose citolítica ainda não é totalmente compreendida, mas dentre os fatores que sabidamente podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição estão aqueles que levam a um desequilíbrio da flora vaginal, como:

  • Uso excessivo de duchas vaginais ou produtos de higiene íntima;
  • Uso de antibióticos;
  • Alterações hormonais durante o ciclo menstrual, gravidez ou menopausa;
  • Roupas apertadas e sintéticas.

Quais os sintomas de vaginose citolítica?

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os sintomas da vaginose citolítica podem incluir:

  • Corrimento esbranquiçado e fluido;
  • Coceira de intensidade variável, mas que piora no período menstrual;
  • Dor ou ardência para urinar;
  • Dor durante as relações sexuais.

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Dra. Priscila Matsuoka

Como funciona o diagnóstico dessa condição?

O diagnóstico da vaginose citolítica deve ser feito por um ginecologista experiente através da avaliação clínica, histórico médico e exames rápidos no próprio consultório. A partir das queixas apresentadas, o médico realizará um exame ginecológico para avaliar os sinais presentes e coletar amostras de corrimento vaginal para analisar microscopicamente.

Assim, no caso de vaginose citolítica, na microscopia deve-se notar:

  • Ausência de fungos, permitindo descartar candidíase;
  • Aumento de lactobacilos;
  • Presença de fragmentos celulares;
  • Pouca ou nenhuma célula de defesa.

Além disso, o ginecologista pode medir o pH vaginal durante o próprio exame para avaliar se o corrimento vaginal está dentro da faixa da normalidade. Caso esteja abaixo de 4,5, trata-se de um pH ácido e indicativo de vaginose citolítica. Outro exame para avaliar a vaginose citolítica é a análise do microbioma vaginal.

Diferenças entre vaginose citolítica e candidíase

Embora a vaginose citolítica e a candidíase compartilhem sintomas semelhantes, como coceira e corrimento vaginal, existem diferenças importantes entre elas – o que demanda, também, um tratamento diferente.

A primeira diferença é a origem do quadro. Enquanto a vaginose citolítica é causada pelo crescimento excessivo de lactobacilos, a candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida. Além disso, nesse quadro o corrimento costuma ser mais espesso e “flocular”, ou seja, com a presença de grumos esbranquiçados que lembram leite talhado.

Quais são as opções de tratamento para vaginose citolítica?

Como a vaginose citolítica não tem uma causa muito bem definida, o tratamento é voltado à restauração do equilíbrio da flora vaginal, à normalização do pH e ao alívio dos sintomas. Assim, a Febrasgo recomenda:

  • Aplicações com bicarbonato de sódio para neutralizar o excesso de acidez vaginal;
  • Cessar produtos na região íntima;
  • Adotar uma dieta equilibrada, rica em nutrientes;
  • Reduzir o estresse para melhorar a saúde geral e a imunidade.

Qual profissional procurar para tratamento?

Para obter o diagnóstico e tratamento adequados da vaginose citolítica, é importante procurar um ginecologista experiente na área e preocupado com o bem-estar da mulher para manter um acompanhamento médico cuidadoso.

Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka e agende sua consulta.

 

Fontes:

Febrasgo

Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020

Cuidado integral
à saúde da mulher

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