Quadro clínico de difícil diagnóstico, a vulvodínia pode afetar a qualidade de vida das mulheres, principalmente quando não tratada
A vulvodínia pode causar dor crônica e outros sintomas genitais que impactam na qualidade de vida. Assim, escolher um profissional qualificado para diagnosticar e tratar o quadro é fundamental, visto que a vulvodínia pode facilmente ser confundida com outras causas de dor genital, como o vaginismo.
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O que é Vulvodínia?
A vulvodínia é um quadro clínico que causa dor crônica na vulva, a área genital externa da mulher, além de uma sensação de ardor, desconforto, queimação, coceira ou irritação sem que haja uma causa óbvia, como infecção ou lesão. Por conta desses incômodos, a vulvodínia pode atrapalhar as relações sexuais, causando dores que permanecem por meses.
Quais os sintomas da Vulvodínia?
Os sintomas da vulvodínia são muito importantes para ajudar o ginecologista a pensar em uma hipótese diagnóstica, mas é importante lembrar que essa doença afeta cada pessoa de forma diferente, sendo que aqui estão listados os sintomas mais comuns.
Dor constante
Por ser um quadro crônico, a mulher com vulvodínia está sempre sentindo dor de algum tipo ou em algum nível diferente, principalmente durante a relação sexual, ao urinar, praticar atividade física e até para se sentar.
A dor da vulvodínia deve ter mais de 3 meses de duração.
Sensibilidade aumentada
Além da dor para se sentar, a região da vulva pode se tornar mais sensível ao toque, à pressão ou à fricção, sendo que muitas pacientes com vulvodínia não conseguem sequer utilizar roupas mais justas.
Pontadas na área externa da vagina
É comum que as mulheres digam sentir pontadas associadas à dor, de tal forma que muitas vezes esses sintomas se confundem. A sensação é descrita como uma “pontada”, latejante e, às vezes, até como uma queimação.
Coceira na região da vulva
Algumas pacientes podem experimentar coceira, vermelhidão, inchaço ou irritação na região da vulva sem que haja qualquer relação com algum processo infeccioso.
O que causa a vulvodínia?
Não se sabe ao certo o que causa a vulvodínia, mas acredita-se que é uma combinação de fatores que geram uma exacerbação no processo inflamatório, como alterações hormonais, dor neuropática, traumas, disfunções no assoalho pélvico, fatores psicológicos e fatores genéticos.
Saiba como tratar e prevenir condições ginecológicas fazendo um bom acompanhamento.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico de vulvodínia é feito pelo médico ginecologista, que a partir de uma história clínica condizente com o quadro realizará exames para identificar locais em que a sensibilidade e a dor são aumentadas. Porém, como nenhum exame detecta exatamente essa condição, é preciso fazer uma “varredura” laboratorial para excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como infecções, alergias ou lesões.
Assim, pode ser necessário solicitar testes adicionais, como exames de sangue, culturas ou biópsias, para descartar outras causas de dor vulvar. Além disso, o ginecologista pode aplicar alguns questionários específicos que avaliam a dor e os sintomas vulvares, bem como a saúde sexual da paciente.
Como é feito o tratamento?
A escolha do melhor tratamento para a vulvodínia é feita conforme a intensidade e variedade de sintomas apresentados pela mulher, podendo incluir uso combinado de medicamentos orais, tópicos, psicoterapia e fisioterapia.
Inicialmente, orientamos mudanças no estilo de vida da paciente, incluindo as seguintes orientações:
- Higiene adequada – uma boa higienização pode aliviar bastante a irritação e desconforto;
- Evitar uso de calcinhas com tecido sintético, sendo preferível as de algodão;
- Evitar uso de roupas apertadas;
- Uso de lubrificantes durante relação sexual;
- Dieta saudável;
- Atividade física;
- Manejo de estresse.
Pomadas e medicamentos orais
Os medicamentos utilizados para o tratamento da vulvodínia podem ser de aplicação tópica, como cremes e pomadas, ou remédios, como anti-inflamatórios, analgésicos e até antidepressivos (para manejo de dor crônica)
Psicoterapia
A psicoterapia tem objetivo de reduzir a dor, melhorar a vida sexual e auxiliar a mulher em seus relacionamentos. A terapia pode auxiliar a mulher a compreender melhor o impacto da dor em suas emoções e comportamentos.
Nessa modalidade de tratamento, a terapia cognitiva comportamental e a terapia sexual são as mais recomendadas.
Fisioterapia
A fisioterapia é uma parte importante do tratamento da vulvodínia, principalmente quando a dor está relacionada a dor miofascial e contratura muscular da pelve, região lombar e assoalho pélvico. Essa opção de tratamento para a vulvodínia pode incluir diversas abordagens, tais como:
- Exercícios de fortalecimento;
- Liberação miofascial;
- Técnicas de relaxamento;
- Biofeedback;
Terapias complementares
Diversas terapias podem ser utilizadas como abordagem complementar no tratamento da vulvodínia, como ioga, meditação e acupuntura para ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade associados à dor.
Para saber mais, entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka.
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