Sintomas intensos, dificuldades para engravidar e progressão da doença apontam a necessidade de realizar a cirurgia de endometriose
A endometriose é uma doença ginecológica crônica caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio, que normalmente reveste o interior do útero, em locais fora dele, como nos ovários, trompas de falópio e outras regiões da pelve. Essa condição pode causar dor intensa sem melhora com medicamentos, além de problemas de fertilidade, sendo essas algumas das indicações de quando operar a endometriose.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a endometriose afeta cerca de uma a cada dez mulheres entre 25 e 35 anos. Essa condição pode ser confundida com outras doenças ginecológicas, o que dificulta o diagnóstico preciso. Saiba quais são os sintomas, quando operar a endometriose e quais são as opções de cirurgia de endometriose.
Dra. Priscila Matsuoka: especialista em cirurgia de endometriose!
Quais os sintomas da endometriose?
Os sintomas da endometriose são variados e impactam significativamente a qualidade de vida das mulheres. A dor pélvica intensa, frequentemente descrita como cólicas menstruais severas, pode começar antes do período e persistir durante vários dias. Esse é um dos principais sinais que serve de sinalizador de quando tratar a endometriose.
Além disso, muitas mulheres relatam dor durante as relações sexuais e dores ao urinar ou evacuar, especialmente durante o ciclo menstrual. Outros sintomas incluem fadiga extrema e diarreia ou constipação. Dor pélvica crônica e formação de cistos ovarianos ou aderências acometem pacientes com a doença em estágio avançado e são indícios de quando operar a endometriose.
Quando operar a endometriose?
A cirurgia de endometriose é indicada em diversas circunstâncias, conforme a gravidade da condição e os sintomas observados. Um dos principais indicadores de quando operar a endometriose é a dor intensa e sem melhora com tratamentos clínicos. Quando a dor associada à endometriose não é aliviada com tratamentos conservadores, como analgésicos ou terapia hormonal, deve-se considerar a cirurgia.
A progressão da doença também aponta quando operar a endometriose, pois pode levar à formação de aderências e complicações que afetam órgãos próximos, como a bexiga, o ureter, o apêndice e os intestinos. Além disso, a presença de cistos ovarianos acima de 4cm, conhecidos como endometriomas, pode justificar a intervenção cirúrgica, especialmente se causarem dor ou comprometimento da função ovariana.
Outro aspecto a ser considerado é a dificuldade para engravidar. A paciente com endometriose que tem problemas de fertilidade pode aumentar as chances de concepção quando operar a endometriose. A intervenção remove lesões que podem interferir na função ovariana e na saúde das trompas de falópio e elimina aderências que dificultam a fertilização e a implantação do óvulo.
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Como a cirurgia de endometriose é realizada?
A cirurgia de endometriose só deve ser realizada através de cirurgia minimamente invasiva, seja por laparoscopia ou cirurgia robótica. Nesse método, a cirurgiã faz incisões abdominais menores que 1cm e introduz trocateres finos para inserir uma câmera para examinar os órgãos internos e os instrumentos necessários para remover os focos de endometriose. Essa abordagem proporciona uma recuperação mais rápida e menos dor durante o pós-operatório.
Há também a técnica robótica, que conta com o auxílio de braços robóticos durante a cirurgia. Essa abordagem proporciona à cirurgiã uma visão tridimensional, ampliada em até 10 vezes, e permite movimentos mais precisos. Independentemente da técnica escolhida, a anestesia utilizada é a geral associada à raquianestesia. A duração do procedimento pode variar dependendo da extensão e das intervenções necessárias.
Ao operar a endometriose em situações mais graves, como quando ela acomete outros órgãos, a equipe médica pode ser ampliada, sendo necessárias outras profissionais, como cirurgiã urologista, coloproctologista e cirurgiã torácica.
Como é o pré e pós-operatório?
O pré-operatório envolve uma avaliação clínica com histórico médico, exames físicos e testes laboratoriais, como hemogramas e mapeamento da endometriose através de ultrassom transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética de abdômen e pelve. Uma suplementação pré-operatória é recomendada alguns dias antes da cirurgia.
A paciente deve internar um dia antes para preparo intestinal, fazer jejum de pelo menos 8 horas antes da cirurgia e informar sobre medicações em uso, especialmente anticoagulantes. Em caso de intervenção no intestino, é preciso seguir uma dieta específica nas 48 horas anteriores ao procedimento.
Quando opera a endometriose com procedimentos minimamente invasivos, a paciente fica menos tempo internada e precisa seguir cuidados pós-operatórios mais simples, que incluem:
- Repouso moderado;
- Evitar atividades extenuantes, como trabalhar, limpar a casa ou levantar objetos;
- Não praticar exercícios físicos no primeiro mês após a cirurgia;
- Não ter relações sexuais nas 2 primeiras semanas ou no tempo recomendado pela médica;
- Manter uma alimentação leve e equilibrada;
- Beber bastante água regularmente;
- Tomar as medicações prescritas pela médica;
- Comparecer às consultas de acompanhamento.
A cirurgia cura a endometriose?
A endometriose é uma doença crônica. Quando operar a endometriose, é importante que a paciente esteja ciente de que os sintomas são controlados e a fertilidade pode ser melhorada. Pode ocorrer eventualmente uma recorrência da doença, afinal, como se trata de uma condição crônica, ela pode retornar, especialmente se o monitoramento e o tratamento não continuarem após a operação.
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Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)