Os efeitos indesejados do climatério podem ser reduzidos com os diversos métodos de tratamento de reposição hormonal
Ao longo de sua vida reprodutiva, a mulher enfrenta diversas mudanças no corpo em decorrência das alterações no ciclo hormonal, sendo uma delas a menopausa e, consequentemente, o climatério. A menopausa é compreendida como a ausência da menstruação por 12 meses consecutivos, enquanto o climatério é o período entre o final da fase reprodutiva e a fase não reprodutiva da mulher.
Nesse período há uma redução na produção de estrogênio (um hormônio produzido pelo ovário), gerando uma série de sintomas genitais e sistêmicos que impactam negativamente a qualidade de vida da mulher, como fogacho (calorão), mudanças de humor, insônia, ressecamento vaginal, calafrios, perda óssea, aumento do colesterol e outros. Assim, o tratamento de reposição hormonal visa reduzir os sintomas para melhorar a qualidade de vida dessas pacientes, além de prevenir doenças futuras, como a osteoporose e fraturas ósseas.
O que é um tratamento de reposição hormonal?
O tratamento de reposição hormonal é uma forma de simular a fase reprodutiva da mulher como se ela não tivesse chegado ao climatério, reduzindo os efeitos negativos da menopausa para a saúde da paciente. Assim, a terapia hormonal pode ser feita de forma tópica — aplicação de hormônio na região genital para reduzir sintomas locais — ou sistêmica.
Para quem é indicado?
A indicação formal do tratamento de reposição hormonal é para mulheres com fogacho, com sintomas geniturinários (ressecamento vaginal, coceira, ardência ao urinar) e para a prevenção de osteoporose e fraturas. Porém, é possível estender essa terapia para as pacientes com sintomas que impactam negativamente sua qualidade de vida, como a insônia e a labilidade emocional. É válido, ainda, reforçar que a indicação da hormonioterapia de reposição só deve ser feita após uma consulta ginecológica em que o médico identificará se a mulher tem qualquer contraindicação ao uso dos hormônios, como:
- Câncer de mama;
- Sangramento vaginal de causa desconhecida;
- Acidente vascular cerebral prévio;
- Infarto agudo do miocárdio prévio;
- Doença hepática aguda;
- Alto risco para câncer de endométrio.
Tratamento de reposição hormonal x menopausa
A menopausa pode ser explicada como a ausência de menstruação pelo período de 12 meses contínuos e simboliza o final da fase reprodutiva da mulher. Devido às alterações hormonais decorrentes dessa etapa da vida, em especial o aumento do FSH, há também uma queda na produção do estrogênio, hormônio que tem efeito cardioprotetor, além de atuar na produção de colágeno e na lubrificação vaginal. Por isso, mulheres que passaram pela menopausa podem se consultar com um ginecologista para avaliar se têm indicação de iniciar o tratamento.
Métodos comuns para a reposição hormonal
Após avaliação médica que indique a possibilidade de iniciar o tratamento de reposição hormonal, é preciso optar pela melhor forma de terapia, que pode ser tópica (local) ou sistêmica, e apenas de estrogênio ou combinada com progestogênio.
Via oral
O comprimido é uma forma prática e simples de fazer o tratamento de reposição hormonal, mas não é indicado para todas as pacientes, principalmente para aquelas que têm tendência à gastrite.
Adesivo e gel
O adesivo e o gel são vias de administração hormonal de ação sistêmica cujo maior benefício é reduzir os fogachos. Esses métodos podem ser apenas de estrogênio ou combinados.
Cápsulas vaginais
A terapia vaginal é uma opção eficaz e segura para tratar sintomas da síndrome geniturinária de moderada a grave em mulheres que não podem receber tratamento de reposição hormonal sistêmico.
Benefícios do tratamento de reposição hormonal
Tal como qualquer outro tratamento médico, a reposição hormonal deve sempre ser avaliada e prescrita por um profissional especializado, pois é preciso considerar os fatores de risco de cada paciente. Porém, aquelas que têm indicação de receber a terapia hormonal podem colher os seguintes benefícios:
- Melhora da libido;
- Melhora do perfil lipídico (colesterol) e do metabolismo da glicose;
- Prevenção da osteoporose;
- Melhora da função vascular, reduzindo os fogachos;
- Aumento da lubrificação vaginal;
- Prevenção da incontinência urinária.
Vale ressaltar, ainda, que mulheres que têm contraindicações ao tratamento de reposição hormonal podem se beneficiar de terapias não hormonais que ajudam a melhorar os sintomas. Um ginecologista experiente pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de suas pacientes.
Agende sua consulta com a Dra. Priscila Matsuoka.
Fonte: