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Tratamento de reposição hormonal: como é feito?

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Mulher sorrindo e segurando comprimido e copo de água na mão.
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Os efeitos indesejados do climatério podem ser reduzidos com os diversos métodos de tratamento de reposição hormonal

Ao longo de sua vida reprodutiva, a mulher enfrenta diversas mudanças no corpo em decorrência das alterações no ciclo hormonal, sendo uma delas a menopausa e, consequentemente, o climatério. A menopausa é compreendida como a ausência da menstruação por 12 meses consecutivos, enquanto o climatério é o período entre o final da fase reprodutiva e a fase não reprodutiva da mulher.

Nesse período há uma redução na produção de estrogênio (um hormônio produzido pelo ovário), gerando uma série de sintomas genitais e sistêmicos que impactam negativamente a qualidade de vida da mulher, como fogacho (calorão), mudanças de humor, insônia, ressecamento vaginal, calafrios, perda óssea, aumento do colesterol e outros. Assim, o tratamento de reposição hormonal visa reduzir os sintomas para melhorar a qualidade de vida dessas pacientes, além de prevenir doenças futuras, como a osteoporose e fraturas ósseas.

O que é um tratamento de reposição hormonal?

O tratamento de reposição hormonal é uma forma de simular a fase reprodutiva da mulher como se ela não tivesse chegado ao climatério, reduzindo os efeitos negativos da menopausa para a saúde da paciente. Assim, a terapia hormonal pode ser feita de forma tópica — aplicação de hormônio na região genital para reduzir sintomas locais — ou sistêmica.

Para quem é indicado?

A indicação formal do tratamento de reposição hormonal é para mulheres com fogacho, com sintomas geniturinários (ressecamento vaginal, coceira, ardência ao urinar) e para a prevenção de osteoporose e fraturas. Porém, é possível estender essa terapia para as pacientes com sintomas que impactam negativamente sua qualidade de vida, como a insônia e a labilidade emocional. É válido, ainda, reforçar que a indicação da hormonioterapia de reposição só deve ser feita após uma consulta ginecológica em que o médico identificará se a mulher tem qualquer contraindicação ao uso dos hormônios, como:

  • Câncer de mama;
  • Sangramento vaginal de causa desconhecida;
  • Acidente vascular cerebral prévio;
  • Infarto agudo do miocárdio prévio;
  • Doença hepática aguda;
  • Alto risco para câncer de endométrio.

Tratamento de reposição hormonal x menopausa

A menopausa pode ser explicada como a ausência de menstruação pelo período de 12 meses contínuos e simboliza o final da fase reprodutiva da mulher. Devido às alterações hormonais decorrentes dessa etapa da vida, em especial o aumento do FSH, há também uma queda na produção do estrogênio, hormônio que tem efeito cardioprotetor, além de atuar na produção de colágeno e na lubrificação vaginal. Por isso, mulheres que passaram pela menopausa podem se consultar com um ginecologista para avaliar se têm indicação de iniciar o tratamento.

Métodos comuns para a reposição hormonal

Após avaliação médica que indique a possibilidade de iniciar o tratamento de reposição hormonal, é preciso optar pela melhor forma de terapia, que pode ser tópica (local) ou sistêmica, e apenas de estrogênio ou combinada com progestogênio.

Via oral

O comprimido é uma forma prática e simples de fazer o tratamento de reposição hormonal, mas não é indicado para todas as pacientes, principalmente para aquelas que têm tendência à gastrite.

Adesivo e gel

O adesivo e o gel são vias de administração hormonal de ação sistêmica cujo maior benefício é reduzir os fogachos. Esses métodos podem ser apenas de estrogênio ou combinados.

Cápsulas vaginais

A terapia vaginal é uma opção eficaz e segura para tratar sintomas da síndrome geniturinária de moderada a grave em mulheres que não podem receber tratamento de reposição hormonal sistêmico.

Benefícios do tratamento de reposição hormonal

Tal como qualquer outro tratamento médico, a reposição hormonal deve sempre ser avaliada e prescrita por um profissional especializado, pois é preciso considerar os fatores de risco de cada paciente. Porém, aquelas que têm indicação de receber a terapia hormonal podem colher os seguintes benefícios:

  • Melhora da libido;
  • Melhora do perfil lipídico (colesterol) e do metabolismo da glicose;
  • Prevenção da osteoporose;
  • Melhora da função vascular, reduzindo os fogachos;
  • Aumento da lubrificação vaginal;
  • Prevenção da incontinência urinária.

Vale ressaltar, ainda, que mulheres que têm contraindicações ao tratamento de reposição hormonal podem se beneficiar de terapias não hormonais que ajudam a melhorar os sintomas. Um ginecologista experiente pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de suas pacientes.

Agende sua consulta com a Dra. Priscila Matsuoka.

 

Fonte:

Febrasgo

Cuidado integral
à saúde da mulher

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