O tratamento para prolapso genital varia desde mudanças no estilo de vida e fisioterapia até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade da condição
O prolapso genital ocorre quando o assoalho pélvico, um grupo de músculos e tecidos responsáveis por sustentar os órgãos da pelve, enfraquece, permitindo que órgãos como útero, bexiga, reto e uretra se desloquem, formando protuberâncias visíveis ou palpáveis na vagina. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento para prolapso genital, evitando complicações e minimizando os impactos na qualidade de vida.
Atente-se aos tipos de prolapso genital!
Quais os tipos de prolapso genital?
A condição possui tipos distintos, afetando algum dos órgãos da pelve e exigindo variações no tratamento para prolapso genital. São eles:
Prolapso uterino
O prolapso uterino ocorre quando o útero sai de sua posição e desce em direção à vagina, podendo sair completamente pela abertura vaginal nos casos mais graves. Os sintomas podem incluir sensação de peso ou pressão na pelve, dor nas costas, dificuldade para urinar ou evacuar e até incontinência urinária.
Hipertrofia do colo uterino
Essa situação pode ocorrer em concomitância aos prolapsos genitais. Na realidade, a hipertrofia do colo uterino não é um prolapso genital, e, sim, o aumento do comprimento do colo uterino.
Retocele
A retocele é o prolapso do reto, ou seja, quando o reto, que é a parte final do intestino grosso, se projeta para a parede vaginal, causando um abaulamento na parte posterior da vagina. Os sintomas incluem dificuldade para evacuar, sensação de não conseguir esvaziar completamente o intestino e constipação crônica.
Cistocele
A cistocele ocorre quando a bexiga perde o apoio necessário e desce para a parede vaginal. Esse tipo de prolapso é conhecido como “bexiga caída”. Alguns dos sintomas são a sensação de peso na pelve, urgência miccional, dificuldade para esvaziar a bexiga completamente e infecções urinárias recorrentes.
É muito importante salientar que a cistocele não é sinônimo de incontinência urinária. Apesar de os problemas estarem relacionados, não são a mesma coisa.
Enterocele
A enterocele é o prolapso do intestino delgado. Nesse caso, parte do intestino se projeta para a região vaginal, formando uma bolsa ou abaulamento. A enterocele é menos comum do que outros tipos de prolapso genital, podendo causar dor abdominal, sensação de peso pélvico e dificuldade para evacuar.
Uretrocele
A uretrocele é quando a uretra, que é o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo, desce para a parede vaginal. Isso pode causar dificuldades no controle da urina, como incontinência urinária, sensação de urgência para urinar e dificuldades na micção.
O que causa o prolapso genital?
O prolapso genital pode ser causado por vários fatores, sendo o parto vaginal, uma das principais causas. Gestações, especialmente múltiplos ou com fetos maiores de 4 kg, enfraquecem os músculos do assoalho pélvico. Alterações hormonais, como as da menopausa, também contribuem, pois reduzem a elasticidade dos tecidos pélvicos, tornando-os mais vulneráveis ao enfraquecimento.
Outros fatores de risco incluem obesidade, tosse crônica, tabagismo e prisão de ventre, que colocam pressão sobre a região pélvica. Além disso, mulheres que realizam atividades físicas intensas de forma incorreta podem agravar o enfraquecimento do assoalho pélvico. Lesões, como trauma durante o parto fórceps, período expulsivo do parto ou lacerações vaginais, também são causas comuns.
O envelhecimento, especialmente após os 60 anos, está fortemente relacionado à condição. Além da diminuição hormonal, ocorre também a perda expressiva de colágeno, o que enfraquece os músculos e os tecidos pélvicos. Outros fatores, como predisposição genética e o tabagismo, também aumentam o risco de prolapso genital.
Como diagnosticar o prolapso genital?
Muitas mulheres com a condição podem não apresentar sintomas evidentes. Em diversos casos, o diagnóstico e o tratamento para prolapso genital começam a partir das queixas relatadas pela paciente, que pode mencionar sintomas associados ao órgão que desceu e passou a pressionar a parede vaginal.
A partir dos sintomas, é feito o exame físico, como o método POP-Q (Pelvic Organ Prolapse Quantification), sistema utilizado para quantificar o grau de deslocamento dos órgãos pélvicos e determinar o estágio da condição. Em casos específicos, exames complementares, como ultrassonografia transperineal ou ressonância magnética, são realizados para identificar complicações e detectar outras condições relacionadas.
Tratamento para prolapso genital com a Dra. Priscila Matsuoka!
Qual o tratamento para prolapso genital?
O tratamento para prolapso genital varia conforme a gravidade da condição e a causa subjacente do problema. Entre as principais opções terapêuticas, estão:
- Fisioterapia de assoalho pélvico, que visa fortalecer os músculos da região, proporcionando um melhor suporte aos órgãos e contribuindo para a melhoria dos sintomas;
- Estrogênio tópico ou laserterapia, que podem ser usados para tratar o afinamento e o enfraquecimento dos tecidos vaginais, promovendo o fortalecimento da região;
- Uso de pessário, um dispositivo inserido na vagina utilizado no tratamento para prolapso genital para fornecer suporte aos órgãos pélvicos e aliviar os sintomas.
Cirurgia de prolapso genital
Nos casos mais avançados, ou quando o tratamento para prolapso genital conservador não responde como o esperado, as cirurgias podem ser necessárias. Uma delas visa reposicionar os órgãos utilizando o próprio tecido da paciente, ou seja, a cirurgiã reconstrói as fáscias, que são camadas de tecido conjuntivo que sustentam os órgãos pélvicos, restaurando o suporte dos órgãos.
Outro tipo de cirurgia feita no tratamento para prolapso genital é o com o uso de telas sintéticas, em casos de recidiva do prolapso ou em que o tecido próprio da paciente não suporta a reconstrução. A cirurgia de prolapso genital pode ser feita combinada por via vaginal e abdominal (laparoscópica ou robótica). Em casos de prolapso uterino em que a paciente não deseja mais engravidar, pode ser necessária a histerectomia (remoção do útero). Nos casos de prolapso uterino, mas que a paciente ainda deseja engravidar, são escolhidas outras técnicas com preservação uterina, como a histeropexia sacroespinhosa ou a cirurgia de encurtamento dos ligamentos útero-sacros por via robótica.
Qual profissional realiza o tratamento para prolapso genital?
O tratamento para prolapso genital é geralmente conduzido por uroginecologistas, que são profissionais especializadas no diagnóstico e no tratamento de condições que afetam o assoalho pélvico e os órgãos pélvicos.
Entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka para agendar sua consulta!
Fonte:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia